A comentarista de política da Globonews, em O portal de notícias G1, transcreve uma conversa que ouviu entre duas funcionárias de gabinetes de deputados, cujo chefes deixariam a Câmara, um não disputou e outro perdeu. A cena se passa numa loja de passagens no Anexo IV. O fato dos dá um noção real como acontecem as coisas e porque esse Congresso está totalmente desmoralizado DIÁLOGO INESQUECÍVEL por Cristina Lôbo
Duas funcionárias de gabinetes de deputados federais foram a uma loja de passagens, ali mesmo Anexo IV da Câmara, o mesmo prédio dos gabinetes, e começaram a conversar. Elas ainda precisavam buscar emprego em outro gabinete porque seus chefes não mais estarão na Câmara a partir de quinta-feira. Um não disputou e outro perdeu as eleições. - Você já sabe para onde vai? - perguntou a primeira. - Não. Acho que vou bater de porta em porta para entregar meu currículo. - É bom. Muita gente ainda não veio aqui e vai precisar de montar o gabinete. (Lembre-se que cada deputado dispõe de uma verba de R$ 50 mil para fazer as contratações de seus gabinetes). - É... Com certeza. Eu fiquei de falar com um deputado amigo do meu chefe. Ele ganhou, mas o meu deputado perdeu... - Olha, tem muito deputado que todo mundo acha bonzinho. Mas quando ele vai embora, não ajeita a vida de seus funcionários. Outros, que muita gente critica, deixa tudo arrumadinho. Como é o nome daquele que foi acusado ainda no mensalão, mas apresentava licença médica para não ser cassado? Aquele, que até foi julgado, mas não foi cassado? (Eu conclui que era José Janene) E a moça prosseguiu: - Ele já ajeitou a vida de todo mundo do gabinete dele. Todos já estão empregados. E nós, aqui, pelejando... Aí, elas foram chamadas para o atendimento.
Editado por Giulio Sanmartini às 1/29/2007 04:08:00 PM |
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