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A COISA ESTÁ DIFÍCIAL, AS A TENDÊNCIA É FICAR AINDA MAIS
Disse o preside da República Luiz Inácio Lula da Silva em mais um arroubo de verborragia: “Deixa o homem trabalhar”!.
Pensaram os incautos que o homem era ele e que finalmente ia pegar no lesco-lesco. Ledo engano!, depois de pronunciar a estrondosa frase, arrumou as malas e foi tirar férias de nababo com a “primeira patroa”.
A trabalhar deixou alguns ministros para ver se conseguiam arrumar uma forma de botar em campo o famoso PAC, que milagrosamente fará a nação crescer.
Leia a matéria “DIFICULDADES”, de Carlos Chagas clicando em “texto completo”

DIFICULDADES, na Tribuna da Imprensa
Enquanto no Guarujá o presidente Lula pesca e assiste à chuva cair, em Brasília a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, reúne-se com alguns ministros, pretendendo desatar os nós que até agora impediram o governo de divulgar o plano de retomada do crescimento. Não está fácil. A divulgação foi adiada diversas vezes e agora fixou-se nova data: dia 22, quando o presidente já tiver retornado à capital federal.
Lembra a história do cobertor curto, porque parece impossível cobrir todos os interesses. Na economia, todos querem benefícios, ninguém aceita prejuízos. O setor produtivo tem todos os motivos para pleitear diminuição de impostos, crédito mais fácil e prolongamento do perfil da dívida interna. Já o setor especulativo não admite abrir mão das regras que o fizeram privilegiado, desde os tempos do governo do sociólogo. Afinal, os bancos mantêm o maior lucro de toda a história do País, mas são eles que compram os títulos da dívida pública. Se diminuírem o ritmo dessas operações, o governo enfrentará dificuldades maiores.
Reduzir os juros em velocidade maior do que a atual levará o sistema a se retrair e os cofres públicos a dispor de menores recursos para investir em infra-estrutura e em programas sociais. Como aumentar impostos está fora de propósito, eis um enigma dentro de um mistério.
Mudar a equipe econômica não constitui solução, apesar de muita gente, mais em caráter emocional do que lógico, imaginar que a convocação de Delfim Neto constituiria solução. Existem decisões que só Lula poderá tomar, ou seja, definir quem o cobertor abrigará e quem o cobertor deixará passando frio. Pode ser que nem no dia 22 a equação se encontre resolvida.


Editado por Giulio Sanmartini   às   1/09/2007 04:23:00 AM      |