Por Giulio Sanmartini
Há uma piada bem conhecida. Um casal foi tomar alguma coisa num quiosque do calçadão de Copacabana. O garçom ao perceber que o rapaz tentava impressionar a moça, na hora da conta fez um “pequeno acréscimo”, mas se deu mal já que o jovem resolveu conferir o que ia pagar e encontrou um item que rezava o seguinte: - C. Cola R$ 20,00 – O freguês chamou o garçom e fez-lhe ver que não tomara vinte reais de Coca Cola, aliás não tomara Coca Cola alguma, ao que o outro respondeu sem se apertar: - Não é Coca Cola não doutor, e “ci colá”, como não colou deixa pra lá! Pois é, o Brasil esta vivendo o governo do “ci colá”, que quando a desculpa de um escândalo não cola eles arrumam outro e o primeiro fica esquecido. Os escândalos: o dos Correios, não colou muito e foi substituído pelo do “mensalão” cassaram José Dirceu, Roberto Jefferson e um terceiro que não lembro o nome. José Genoino e Delúbio Soares perderam os cargos. Colou médio, aí surgiu a firma do filho do presidente, algo aético e amoral, as contas pessoais de Lula pagas por Paulo Okamoto, a impunidade da turma do mensalão, muitos até réus confessos, coroada pela dança impudica e digna de lupanar da deputada Ângela Guadagnin, está por sua falta de compostura recebeu um advertência verbal, ficou tão preocupada que naquela noite dormiu de peruca verde. O poderosíssimo ministro da Fazenda, Antonio Palloci, foi pego com as calças na mão e teve que deixar o cargo e ainda está ameaçado de processo. Nada colou Tudo parecei entrar nos eixos quando surgiu o escândalo das cartilhas, não colou, porque veio o do dossiê, envolvendo gente diretamente ligada a Luiz Inácio Lula da Silva, mas nada foi apurado. Dessa vez a turma exagerou escarrando na cara do contribuinte com a posse de 23 deputados 4 senadores para assumirem as vagas dos titulares que se licenciaram para ocupar cargos executivos. O mandato deles durará apenas um mês, receberão salários, vantagens, mordomias, verbas indenizatórias, verbas de gabinete e passagens aéreas, algo mais ou menos em torno de R$ 100 mil. Vai colar, haja vista que é legal dentro da Constituição frakisteniana (1988) “obrada” pelo interesseiro Ulisses Guimarães, secundado por Nelson Jobim de honestidade duvidosa. É acabrunhante ver que no Brasil, o futuro deixou de ser uma esperança para transformar-se em uma ameaça.
Editado por Giulio Sanmartini às 1/08/2007 01:16:00 AM |
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