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STALIN?
Devagar me vem vindo à cabeça que Luiz Inácio Lula da Silva, tem pensamentos muito semelhantes aos de Joseph Stalin, não por leitura porque aí vem a “preguiça disgramada”, mas por intuição de um caráter degenerado.
Lula durante seu primeiro mandato, permitiu que todos os auxiliares que o ajudaram a ser eleito fossem gradativamente eliminados, já que o momento e o local não permite eliminá-los fisicamente como fez o “grande” e sanguinário tirano soviético.
Assumiu o governo declarando que José Dirceu era o “capitão do time”, quando este começou a crescer ele deixou que se desmoralizasse e fosse até cassado. Foi substituído na ribalta por Palocci, o dono da chave do cofre, um ministro respeitado até pelos mas arraigados sistemas capitalistas. O médico sanitarista começou a aparecer muito, aí chegou sua vertiginosa queda, só não foi para a cadeia por submissão e leniência da justiça.
Dora Kramer (Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba), faz ver que a aparentemente toda poderosa ministra Chefe da Casa Civil Dilma Roussef de eficiência que parecia transpirar de cada poro só tem na realidade o mau humor. Parece que ao mostrar que é ela quem governa, decretou sua “morte”.
Vamos ver se temos razão
Dora Kramer
Não existe qualquer sinal de que a Casa Civil tenha se transformado no eixo da eficácia administrativa
O mito da administradora
Até o ponto em que a memória e a vista alcançam, a ministra Dilma Rousseff saiu do Ministério das Minas e Energia para, em substituição a José Dirceu na Casa Civil, dar um novo impulso administrativo ao governo. A pasta perderia o cunho político para assumir uma feição de gerência das ações governamentais.
Transcorrido mais de ano, a Casa Civil, de fato, não é mais o centro das articulações políticas. Nem por isso, entretanto, existe algum sinal de que tenha se transformado no eixo da eficácia administrativa.
A ministra, com seu jeito assertivo, realmente impressiona. Na atual crise do setor aéreo, entretanto, Dilma Rousseff vai levando quem assiste ao seu desempenho à conclusão de que a celebrada capacidade de resolver problemas, dirimir dilemas e tocar o que precisa ser tocado é apenas uma impressão.
Dirceu, o antecessor, passou dois anos e meio no governo, alimentado pela aura de articulador político de primeira linha, mito desfeito na prática pela série de decisões equivocadas que, mesmo antes dos escândalos de corrupção, fizeram o governo enfrentar dificuldades políticas uma atrás da outra.
Dilma, a sucessora, envereda pelo mesmo caminho da desmistificação. Para isso, a ministra-chefe da Casa Civil deu uma contribuição inestimável ao simplesmente assumir que não só não pode como não vai fazer nada para ajudar na administração do problema do tráfego aéreo.
Como ela, o ministro da Defesa e o presidente da República consideram que a crise é de exclusiva responsabilidade da Aeronáutica - e, pelo visto, na concepção dos três, a Força Aérea é uma entidade à parte do governo -, fica tudo por isso mesmo, porque a questão principal foi resolvida: encontrou-se um culpado a quem atribuir responsabilidade. Sendo assim, nada mais é preciso ser dito, pois as explicações devem ser cobradas à FAB
Ao se recusar a comentar o relatório do Tribunal de Contas apontando como causa da crise a falta de atenção do governo para com as necessidades do setor, a ministra reagiu com irritação. Disse que a Casa Civil não tem nada a ver com isso, que o Ministério da Defesa está subordinado à Casa Militar e, portanto quem deve fornecer respostas é o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno.
Se o presidente da República, o comandante-chefe das Forças Armadas, não fala sobre o assunto, se o ministro da Defesa, quando fala, não diz coisa com coisa e se a pessoa em tese encarregada de fazer o governo andar informa que o assunto não é da sua alçada, esgotou-se a última instância de possibilidade de solução.
Foi à ministra Dilma Rousseff que, se a memória não falha, o presidente Luiz Inácio da Silva deu, naquela terça-feira crítica uma semana atrás, a tarefa de coordenar uma série de ações para amenizar os efeitos da situação aguda e prevenir um novo caos na véspera das festas de fim de ano.
Dilma agora admite que nada fará e não tem nada a dizer sobre as imputações de uma instituição oficial. É de se perguntar, então, a que missão a ministra será capaz de dedicar o desempenho por todos tão esperado, se a esta, a mais importante questão com a qual o governo já se deparou, recusa-se a emprestar sua tão festejada capacidade gerencial.
Para fazer jus ao mito da boa administradora, a ministra precisaria no mínimo demonstrar habilidade para agregar os personagens envolvidos na crise, chamá-los ao entendimento e apresentar uma saída ao País, e não criar mais arestas com a Aeronáutica, porque aqui não está em jogo um embate ideológico com os militares, mas a segurança da vida de milhares e prejuízos a serem contabilizados na casa dos milhões.


Editado por Giulio Sanmartini   às   12/14/2006 02:12:00 PM      |