Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
O CASO CASOY
Por Francisco marcos, publicitário e cientista político.

Boris Casoy sem sombra de dúvida é um nome respeitável no jornalismo brasileiro, dispenso rememorar sua trajetória profissional. Independência sempre foi um traço marcante em sua atuação, marcante em virtude de um grande número de jornalistas serem de uma sabujice explícita. A sua grande maioria por temer a perda do emprego e uma parcela por serem vocacionados para tal. Graças à sua verberação e insistência tivemos a famosa e ruidosa Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o BANESTADO, mais de 30 bilhões de dólares remetidos ao exterior por meios fraudulentos. Envolvidos estavam figurinhas carimbadas, políticos, empresários, resumindo a investigação poderia dar ao Brasil um novo rumo.
O destemido apresentador não tinha papas na língua, contrariou os mais variados interesses, arregimentou uma considerável gama de inimigos. Os farsantes e falsos sempre estribados na surrada falação: não há provas, não transitou em julgado, direito de defesa, a CPI está extrapolando suas funções. Casoy sempre repetindo "esta CPI termina em pizza com marmelada", o interessante é que acertava na mosca com sua previsão. Adveio o escândalo propiciado pelo Bob Jeff, e Boris cobrando resultados, dando ampla cobertura às apurações. Suas atitudes foram colocando na parede os detentores do poder.
Em conseqüência perdeu o emprego, trabalho, contrato com uma emissora de televisão controlada por um grupo religioso (?) Que vive da exploração dos mais humildes e desesperados, verdadeiro poderio alicerçado em negócios à margem da legalidade ou em paralelo, buscando brechas legais para chegar ao seu intento. Não houve manifestações em defesa de Casoy, manifesto de intelectuais, parlamentares não se manifestaram. Será que a descendência semita do apresentador tem algo a ver, jamais participou das corriolas do meio jornalístico, o que pesou também. É triste, mas a hipocrisia dominou esta nação, a moral faliu, já venceu a concordata, salve se quem puder. Boris restou o bordão: "TÁ TUDO DOMINADO".

"A verdade é doce e amarga". Quando é doce, perdoa; quando é amarga, cura (Santo Agostinho).


Editado por Adriana   às   12/03/2006 10:02:00 AM      |