Senado da Câmara. Discussão para a votação do Super Simples, perto das 18 horas. Súbito, a senadora ideli, a Selvagem, pede a palavra e solicita que se abra o painel para a votação, já que "alguns senadores tinham que pegar vôo e estavam aflitos". Como assim? Quarta feira? Sim, senhores! E me pareceu que o senador em questão era Paulo Paim, do PT. Pelo menos era este que afligia nossa brava senadora. Se havia mais algum "aflito" na casa, seu nome não foi citado. Entre indignada e espantada, peguei-me pensando: ô, gente folgada!
Folgada, porque estamos no meio da semana e "fulaninho" já quer se mandar. Folgada duplamente por ousar apressar a votação de uma matéria importante, complexa, com este pretexto. Falta vontade, e falta compostura. O que o Brasil tem a ver com o vôo do senador petista? Nada. O Senado não pode pautar seu trabalho em função dos compromissos de seus membros. O contrário, sim, é o correto, o normal. Nada mais é normal ou correto "nestepaiz"? Votaram 55 senadores. Portanto, estavam ausentes daquela Casa ainda muitos deles. Por onde andavam? Ninguém sabe, ninguém viu. Não bastasse, é comum o presidente do Senado, Renan Calheiros, dar verdadeiros chiliques, em função do horário de encerramento. Se a Presidência estiver sendo conduzida por outros, as sessões vão até que o último orador inscrito fale, tranquilamente. Com Renan, entretanto, o relógio de ponto do Senado prevalece. Irritado, irascível, apressado, impaciente, o Senador Renan Calheiros parece sempre estar com pressa para ir embora e detestando tudo aquilo. Os mais velhos diziam que "o exemplo vem de cima". Com exemplos assim, não se pode esperar seriedade do resto do país.
Editado por Anônimo às 11/09/2006 09:53:00 AM |
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