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SEXO FRÁGIL? ONDE?
Daniel Ortega, um dos líderes que derrubou a ditadura somozista na Nicarágua e foi presidente até 1990, quando perdeu as eleições. Ficou esses 16 anos mais ou menos no ostracismo, agora voltou ao poder mais uma vez eleito. Lembrei então que havia uma acusação contra ele de estupro, mas não lembrava bem como tinha sido, cheguei a pensar que o caso era um delírio meu e deixei para lá.
Hoje, no “blostraquis” de Moacir Japiassu pude ler o assunto no artigo de Sergio Augusto publicado em O Estado de São Paulo veja abaixo o trecho. ( para o artigo completo -http://www.blogstraquis.blog-se.com.br/blog/conteudo/home.asp?idblog=11383)

“(...)O comandante Ortega já não é o mesmo revolucionário de antanho. E quem de fato manda na Nicarágua—e isso não corre apenas à boca pequena—é a sra. Ortega. Por extenso: Rosario Ortega Murillo. Ela é muito mais poderosa do que Hillary Clinton foi.
Dizem que atrás de todo grande homem há uma grande mulher—em geral empurrando. Rosario é do tipo que empurra, não necessariamente para o abismo. Se bem que muitos sandinistas pensem o contrário, depois que Ortega trocou o verde-oliva revolucionário pelo branco candomblé, passou a citar o Papa, fez as pazes com o arcebispo de Manágua e até o convidou para celebrar seu casamento com Rosario, apoiou a penalização do aborto terapêutico assegurado pela Constituição do país há mais de um século, convidou para vice em sua chapa um “contra” cuja casa expropriara em 1979, e adotou o rosa como a cor de sua campanha, de resto, embalada pela versão latina de Give Peace a Chance, de John Lennon.
Ao casar-se com Rosario, Ortega herdou uma enteada, Zoilamérica Narvaez, a quem teria assediado sexualmente, e finalmente estuprado, quando ela tinha apenas 11 anos. Os abusos teriam continuado até Zoilamérica sair de casa, em 1999, aos 19 anos. O que salvou o comandante da cadeia? O testemunho de Rosario, que tomou as dores do marido e chamou a filha de mentirosa. O escândalo perdura. Domingo passado, o correspondente do Sunday Times em Manágua ressuscitou-o. Pela internet, feministas, inclusive brasileiras, pedem a cabeça “del violador”. Ortega tentou reconciliação. Mas Zoilamérica, hoje com 39 anos, evangélica e mãe de dois filhos, já disse que só se reconcilia se ele se arrepender publicamente e pedir-lhe perdão. De volta ao poder, dificilmente “el violador” atenderá às exigências da enteada. Com Rosario a seu lado, então, “ni se habla”, como diria Collor, o violador de poupanças.”


Editado por Giulio Sanmartini   às   11/21/2006 09:43:00 AM      |