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SEÇÃO VALE A PENA VER DE NOVO
O texto abaixo, de Francisco Marcos Junior, foi publicado aqui no p&p em 27 de agosto de 2006. É uma ótima análise, vale a pena reler.

TONTO, AMIGO DO ZORRO
Por Francisco Marcos Junior

No embate por um Brasil melhor deixamos de ver o óbvio ululante. Sendo tucanos e rubro estrelados vinhos da mesma pipa(AP, POLOP, AC e outras siglas de esquerda, mesmo as chamadas terroristas) nada mais certo de que um conchavo de sobrevivência dentro da divergência. Oito anos para mim e oito anos para ti. Com a vitória rubra em 2002, tucanos e ganhadores fizeram a chamada transição democrática, um arreglo entre irmãos.
Eu não parto para remexer coisas do passado recente: apuração das mazelas da piratização, pasta rosa, Sivam y otras cositas más e, vocês aprovam as tão decantadas reformas. Em contrapartida os rubros aceitaram Henrique Meirelles, recém eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás, como presidente do Banco Central. Meirelles havia recentemente deixado a presidência mundial do Bank Boston(especializado em conta CC5). Esta orquestração foi feita pelo senador Oliva juntamente com Armínio Fraga. Resgatava-se um dos compromissos constantes da Carta aos Banqueiros Brasileiros. Os primeiros seis meses do (des)governo rubro são marcados por reformas com apoio da chamada oposição. Foi aprovado tudo que os tucanos queriam e seus irmãozinhos rubros na época não queriam. Só houve contrariedade por parte dos hoje membros do PSOL, capitaneados pela leoa das Alagoas. Os rubros chegaram ao poder com uma tremenda fome, para sacia-la promoveram um festival de corrupção, desmandos, cinismo e são acusados até de eliminação de possíveis delitos de ordem criminal. A oposição tucana fez o chamado papel de faz de contra, armaram CPIs, muita falação, inquirição e o mais importante um apogeu de televisão. Meia dúzia não chegou a ser punida, e nós aqui na telinha vivenciando uma possível caminhada rumo a depuração da bandidagem letrada ou iletrada que comanda a Nação. O arreglo é em tal medida que propositadamente deixaram passar a oportunidade de requerer o impeachment do máximo mandatário. Duda confessou ao vivo e em cores ter recebido pagamento no exterior pelo trabalho prestado à campanha rubra, alegavam não haver clima popular para se intentar o impeachment. Coroando o fraterno acerto tivemos a comédia da "escolha" do candidato tucano à Presidência da República. Tanto fizeram que houve a enganação, delongaram a chamada escolha. Convocaram para Cristiano Machado do século XXI o competente e tranqüilo Geraldo de Pindamonhangaba, dileto discípulo de Mário Covas. Tem sustentado com galhardia o seu papel, como disciplinado soldado tucano, que nada tem a ver com os ranços esquerdizóides já referidos. A chamada coalizão está para chegar, em nome do Brasil e do desenvolvimento. Que se cuidem os operários, agricultores e todos o que realmente fazem a grandeza da Nação. Vem chumbo grosso por aí. Realmente eu sou o Tonto, amigo do Zorro.


Editado por Adriana   às   11/03/2006 11:24:00 PM      |