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ROTINA OU ESTRATÉGIA?
Por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa

Anuncia Lula a disposição de permanecer no palanque, visitando obras e realizações do governo como rotina, ainda neste resto de primeiro mandato e, em especial, no segundo. A novidade estaria na estratégia de fazer-se presente o tempo todo nas diversas regiões do País, dialogando diretamente com a população e demonstrando aos políticos que, se precisa deles no Congresso e para governar, também dispõe de cacife extra no jogo: o diálogo direto com as massas.
Há quem veja aí o embrião de soluções inusitadas, para a hipótese de impasses políticos e institucionais. Lula estaria disposto a apelar para o povo como forma de pressionar o Legislativo, podendo até recorrer a institutos pouco usados desde que promulgada a Constituição de 1988: o plebiscito e o referendo. Trata-se de uma forma democrática mas perigosa de governar. Dá certo em nações democráticas, como França, Itália e Estados Unidos. O perigo situa-se na possibilidade de diminuição dos poderes do Congresso, se atropelado constantemente.
Uma coisa é saber se o povo quer presidencialismo ou parlamentarismo, como já aconteceu, bem como se o cidadão pretende ser desarmado ou prefere ter sua pistola em casa. Outra é abrir consultas sobre fidelidade partidária, financiamento público de campanhas e aumento de impostos. É claro que em situações especiais o plebiscito é fundamental, como seria, se houvesse consulta para saber se a nação quer continuar ou não com a reeleição...
COMENTÁRIO DE P&P: deve ser dito que Lula está demonstrando um espírito chavista de perpetuar-se no poder através de chicanas políticas. Vale lembrar ao presidente que Brasil não é Venezuela e muito menos brasileiro é venezuelano.


Editado por Giulio Sanmartini   às   11/09/2006 01:45:00 AM      |