Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
O RISCO DE PAPAI NOEL NÃO VIR
Por Adriana Vandoni

A política de Mato Grosso segue tal e qual esperado, algumas variações de nomes, mas de semelhante comportamento. A Capitania Legislativa do Estado continua tendo um só representante, legitimado por outros 23 (ao que tudo indica, até os do PT, que vergonha!) que antes mesmo de serem diplomados outorgam poderes irrestritos ao capitão, que exerce cargo “pétreo”.
Esta semana o jornalista Claudio Humberto publicou em sua coluna, que na negociação para a presidência da Capitania Legislativa tem deputado oferecendo novilhos e touro de raça em troca de votos. “Com a vantagem de não deixar rastros bancários”, disse ele. Convenhamos que essa prática não é nada original por estas bandas e se os rastros não são bancários, são de estrume deixados no caminho. Também...num estado em que o governador chama seus eleitores de rebanho...
Os políticos são divididos em duas classes: os pererecas e os silvio santos. Os pererecas são adesistas pela própria natureza, estão sempre, em qualquer situação, doidinhos para ser situação. Uns ainda usam uma tal de oposição racional, consciente, equilibrada, responsável, mas tudo bem, deixa pra lá. É como disse um amigo médico que às vezes apareciam mães em seu consultório e diziam: Doutor, minha filha está com ameaça de gravidez. E ele respondia: Mas é só ameaça ou ela tem feito algo para engravidar? Então, esses pererecas estão sempre com ameaça de oposição. Valoriza o passe, é verdade.
Os silvio santos são aqueles que, mesmo que em diferentes graus, topam tudo por dinheiro. Esses nem ameaçam uma oposição “consciente” e tal, simplesmente negociam o que está ao seu alcance, que não precisa necessariamente ser dele. O pagamento vai desde casas em bairros nobres da capital, cargos, fazendas, até novilhos. Na Capitania Legislativa de MT já foi moda, parlamentares se enclausurarem em chácaras às vésperas de votações importantes e só saírem na hora de votar. Não pensem que era para não ser pressionados, nananinanão!, acontece que era nas chácaras que as ofertas eram feitas, quem desse mais levava.
Como podem ver, nada saiu do lugar. Vai mudar? Bem, se não acreditarmos que isso pode acontecer, só temos uma saída, a saída do Brasil. Portanto, como não pretendo deixar meu país nem meu estado, tenho fé que ainda teremos uma Assembléia no lugar de uma Capitania, que os políticos não serão tão pererecas ou silvio santos e nem tão óbvios.
No momento minha preocupação é outra. Esta semana o companheiro Blairo integrou a comitiva do companheiro Lula. Foram pedir votos para o companheiro Chávez, que acabou de baixar um decreto proibindo que na Venezuela usem a figura de papai Noel, árvores de Natal e bolas vermelhas. Tá certo! É muito norte-americano. Muito imperialista. Sabe lá se o papai Noel é um espião de Bush disfarçado?, ninguém sabe, né? Acho que Chávez vai criar a figura do “papai Fidel”, seria até interessante. Gostei.
Minha preocupação é a de que o companheiro Blairo volte de lá contagiado e, na ânsia de se mostrar companheiro do companheiro do companheiro, corte o já tradicional mico de todo ano: ele vestido de papai Noel descendo de helicóptero no Parque Mãe Bonifácia. É imperdível! No ano passado eu fui, achei uma gracinha! Será uma pena se acabar logo este ano que podia até ser mais legal, tem companheiro novo que sem dúvida estaria disposto a se vestir de rena. Não perderia por nada deste mundo.
Bem, se por acaso o companheiro Blairo não cortar o tradicional mico do papai Noel, eu tenho um pedido: “Querido papi Blairo Noel, eu quero uma mãozinha de ouro pra mim”.
É, têm coisas que só acontecem mesmo “nestestado DO Mato Grosso”!
HO! HO! HO!


Editado por Adriana   às   11/14/2006 08:07:00 PM      |