A tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), que foi reajustada em 10% em 2005 e em 8% a partir de fevereiro deste ano, reduzindo o pagamento de impostos pela classe média, não deverá mais ser corrigida no curto prazo. A informação foi divulgada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (14). Ele falou à imprensa após apresentar o pacote de medidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Queremos reduzir os tributos que têm um impacto mais positivo sobre o crescimento, que barateiam investimentos e têm impacto maior sobre a economia. Esse é o critério. No caso do IRPF, não há impacto sobre o crescimento. Então, não é prioritário", disse Mantega.
Dados do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) apontam para uma defasagem de 46,8% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física de 1996 até 2006. Neste cálculo, as correções feitas nos anos de 2002 (+17,5%), 2005 e 2006 foram consideradas. A defasagem foi calculada com base nas perdas inflacionárias ocorridas de 1996 em diante.
A classe média continua pagando o pato. E o ministro, genial, não se dá conta que sem consumo, não há crescimento. Rejustar a tabela do IR é uma obrigação e um estímulo ao crescimento, via consumo. O fato é que o governo não larga o osso dos altos impostos, a fim de não precisar cortar gastos.
Editado por Anônimo às 11/14/2006 06:40:00 PM |
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