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EPITÁFIO 1 – MENCHEVIQUES
por Charles London em Mídia sem Máscara
“O Brasil é tão bom quanto o seu voto. Agora é a sua vez".
Justiça Eleitoral
Ingressamos a partir de 1º de novembro no segundo momento da Revolução Socialista Brasileira. Os líderes dessa Revolução agradecem aos milhões de votos recebidos, aos inúmeros apoios e ao povo em geral, em especial ao Nordeste, que fizeram renascer das cinzas, no Brasil, a Fênix comunista morta no Leste Europeu em 1991. Cumprir-se-á a determinação do Foro de São Paulo fundado por Lula e Fidel Castro neste mesmo ano.
Antes que os desavizadinhos de sempre se insurjam e fiquem vermelhinhos de indignação, já vou dizendo que o fato de isso ter ocorrido sem que o povo tivesse o menor conhecimento, não tem a mínima importância e é típico do processo revolucionário. Além disso, serve como excelente prova da eficácia do desmanche moral e ético do povo destepaish, assim como do colapso da República brasileira. Não seria crível que o povo pudesse escapar de lavagem cerebral com métodos tão precisos. A lenta inculcação anestésica de todos os cacoetes revolucionários na sociedade brasileira, perpetrada pela ação conjunta e afinada de exércitos de intelectuais, jornalistas, políticos, partidos políticos, igrejas e empresários, que cerraram fileiras em torno das grandes mentiras socialistas como justiça social, cidadania, distribuição de renda, direitos humanos, democracia (vocês já ouviram esse slogans da fase menchevique) – produziu seus efeitos. Impossível também esquecer o papel estratégico do melhor Cavalo de Tróia bolchevique: a Constituição de 1988, a inventora do impeachment para os “inimigos” –, aquela que não bota ninguém da esquerda na cadeia!
Os líderes dessa Revolução então são gratos à memória de Trotski, Lenin, Stalin, Mao e, por que não, ao mestre do PT, o inventor do método: Hitler. Sem eles como inspiradores, jamais teriam implantado o Comunismo no Brasil em seu pleno direito e em apenas vinte anos! E pela via democrática!
O povo brasileiro, portanto, está convidado, já que comprou o convite, para o ingresso no segundo e grandioso momento da Revolução: a etapa bolchevique. Explico-me, para quem tem dificuldades com alguns conceitos.
O que tivemos até agora foi a etapa social-democrata ou menchevique da Revolução: uma simples preliminar antes da grande cena bolchevique. A social-democracia brasileira hoje se sente como o Dr. Victor Frankestein: incapaz de controlar a sua criatura e este monstro hoje está representado em todos os partidos. Mas, como ela foi valiosa e útil aos seus patrões bolcheviques, para satanizar a direita, eliminar seus adversários com calúnias, renomeando-os “inimigos”, produzir impeachment de indesejáveis e deixar que fossem arruinadas reputações e carreiras com mentiras sórdidas! Em breve os mencheviques serão descartados por desnecessários, senão para os momentos das aparências teatrais no Congresso e em outras instituições e, é claro, para as próximas eleições. Eles contam com você, Aecinho!
A transição para o regime plenamente bolchevique era inexorável depois da longa preparação social-democrata. Temos que reconhecer que eles cumpriram sua missão histórica de bons mencheviques. E foram bons nisso: nos acostumaram com os crimes do MST; nos acomodaram às parcerias cada vez menos ocultas com organizações terroristas estrangeiras; nos entupiram de ódios raciais estrangeiros; degeneraram a família e a juventude via televisão; destruíram a segurança individual e muito fizeram pela erradicação da religião e da Educação sadia. Como bons mencheviques nos ensinaram a odiar americanos, militares e a desconfiar das polícias, mas rasgar dinheiro americano, ah, isso não!
Para ser mais didático neste espaço tão exíguo – afinal, não sou comunista e não disponho de espaço maior na mídia do que este –, resumirei o final do processo revolucionário. A fase bolchevique é caracterizada por desapropriações; por ameaças cada vez mais sérias e perigosas para a propriedade privada e à vida dos kulaks (os fazendeiros e criadores); pela censura militar da imprensa; pelo adestramento total da Justiça; pela intimidação física e processual dos “inimigos” através de ações judiciais e, finalmente, pelas ações de bandoleiros acobertados por conceitos gerados na etapa anterior. As ações terroristas de Estado caracterizam o regime totalitário, e todo Estado totalitário tem suas milícias armadas e violentas. Você já conhece alguns desses métodos e dessas milícias, e os conhece bem de perto.
Para quem não sabe, o bolchevique padrão foi Lenin. Foi dele a estratégia de mentir e sempre imputar ao “inimigo” exatamente o que eles, bolcheviques, faziam. Com isso conseguiam resultados surpreendentes na “justiça” e nas demais instituições “sólidas”. Negar o óbvio é a sua arma mais poderosa. Como a mulher da peça de Nelson Rodrigues, surpreendida nua e na cama com um homem, e que negava veementemente o que fazia, negar, negar, negar, é uma segunda natureza do bom comunista! A primeira é mentir, mentir, mentir, até que a mentira se transforme em verdade.
Trotski foi outro líder inestimável. Ídolo da senadora Heloisa Helena e de Che Guevara, ele tinha de Lenin a licença para matar, claro, com a ternura indefectível de um bom comunista. “Justiça social” e “povo no poder” eram slogans trotskistas. Foram a origem de todos os “movimentos sociais” brasileiros, é claro, com a benção apostólica da CNB do B.
Em outro epitáfio escreverei mais sobre os bolcheviques. Então, parabéns ao povo brasileiro, ou à sua metade maior. Seja feliz nas suas correntes! A outra metade menor que se recusa a ser enganada vai penar em silêncio em respeito à ignorância do maior número. O que importa é que o Brasil que resultou de tudo isso é um país dividido pelo medo, pela ignorância e pela mentira; a mentira com as pernas mais compridas que se conhece! É muito mais do que a divisão de ricos e pobres, como andam dizendo.
O Comunismo ou Socialismo (a diferença é apenas acadêmica) costuma ter vida longa. O Socialismo dura muito, mas como está no Brasil, poderá ser também destruído pelo demônio da corrupção. Como os alienígenas do filme Guerra dos Mundos, ele corre risco mortal com as bactérias do dinheiro e da vaidade! Isso o ameaça muito mais do que qualquer eleiçãozinha regular da etapa menchevique!
O TSE tem razão: o Brasil é tão bom quanto o seu voto! Bolchevique, agora é a sua vez! Aproveite!


Editado por Giulio Sanmartini   às   11/01/2006 01:03:00 AM      |