Por Ralph J. Hofmann
O nome ONG (Organização Não-Governamental) é muito claro. Um grupo de pessoas registra uma organização para executar qualquer atividade que sinta ser necessária ao bem estar de uma comunidade, estado, país ou do mundo e procura viabilizar meios de assegurar a execução dessas atividades. Em suas melhores manifestações, essas ONGs criam formas de levantar fundos junto às pessoas que sintam, como os fundadores, que essas atividades são necessárias. Podem usar voluntários, mas geralmente possuem um corpo de administradores pagos que operam a entidade racionalmente, dentro de orçamentos e vigiando para que os objetivos determinados ara a organização vinguem. Portanto, uma ONG tem objetivos, uma sistemática de financiamento, uma área de execução. Obtém registro baseado nisto. Como essa organização busca contatar o público e empresas para angariar fundos, obviamente deve ser auditada por auditores independentes para que não escorra dinheiro para fins indesejáveis, e para que não se comprometa a atividades que não pode cumprir.
Mas certos países tem usado ONGs como entidades que executam atividades para o governo por delegação. Criou-se então uma sigla que nos países de língua inglesa é QUANGO. Quasi Autonomous Non-Governamental Organizations ou Organizações Não-Governamentais Quase Autônomas. Essas costumam assumir certos trabalhos, contratar as pessoas necessárias, inclusive executivos extremamente bem pagos, independente de sua experiência ou competência e funcionam como repartições de governo empregando não-concursados. A Inglaterra, hoje quase uma Quangocracia gasta mais com as QUANGOS do que com o exército, a administração do serviço de saúde . Coisa de US$ 200 bilhões ao ano. E isto que o exército britânico está em combate no Afeganistão e no Iraque. Coitados dos ingleses. Dá quase US$ 8 mil por lar britânico ao ano. E coitados de nós! Aqui se o governo não criou QUANGOS os amigos do governo criaram ONGs cativas. A idéia de ONG é uma maravilha. Há ONGs excepcionais. Ha ONGs com as quais não concordamos, mas enfim, são pessoas de certos princípios que procuram uma forma de obter recursos particulares e vão em frente. Muito do que se tem feito de positivo na ecologia, no meio-ambiente, na preservação de espécies tem sido feito por ONGs patrocinados por benfeitores que nada devem a ninguém, como por exemplo “O Boticário”. Em países de tradições filantrópicas e de estrutura fiscal menos restritiva há profissionais especializados levantando fundos. Aqui os dedicados se viram como podem. Mas e as ONGs que se formaram para servir ao governo? Parecem ter entendido a parte relativa à contratação de funcionários e ao pagamento de salários. Os fundos? São geralmente fornecidos pelo governo. O destino dos fundos? As auditorias? Deve haver ONGs desse tipo corretas. Não sei quais. Atualmente só ouço falar em ONGs que operam com a mão aberta. Para receber. Depois a mão se fecha e o dinheiro desaparece. Mas devo estar mal informado. Acho que vão prestar contas depois que o PIB crescer 5% ao ano. Deve ser isto mesmo.
Editado por Ralph J. Hofmann às 11/26/2006 11:24:00 PM |
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