Por Pedro Oliveira - Jornalista e Presidente do Instituto Cidadão.
São 9.22 de um domingo com um sol magistral que só Maceió possui. Estou me preparando para sair e exercer o sagrado dever do voto. Muitos vão preferir as praias mornas e de um azul convidativo, outros vão optar por fazer qualquer coisa, menos votar. Tenho a impressão que a abstenção não vai ser pequena neste segundo turno.O eleitor na verdade não foi motivado, a campanha de ambos os lados foi mais um palco de acusações, denúncias e nada de propostas para um Brasil melhor. Saio para votar com um misto de indignação e até um pouco de tristeza. Indignação com o que vi nos últimos meses, com a podridão da política brasileira e em especial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A tristeza vem por conta da apatia do povo brasileiro, da desinformação generalizada, da constatação de que o mal poderá vencer o bem.
Porém, saio com a consciência tranqüila de que cumpri a minha parte. Exerci na plenitude meu dever de jornalista e de brasileiro. Denunciei, escrevi artigos e publiquei um livro (Arquivo Aberto Crônica de um Brasil Corrupto) escancarando os crimes do Partido dos Trabalhadores e os graves erros do seu chefe maior e “presidente de honra”. A imprensa brasileira foi honesta e fiel à verdade dos fatos. A corrupção do governo Lula foi responsavelmente investigada e noticiada pelos mais importantes veículos e abordada pelos mais acreditados analistas políticos do país, a exemplo de Sebastião Nery, Arnaldo Jabor, Hélio Fernandes, Cláudio Humberto, Dora Kramer, Adriana Vandoni, Diogo Mainardi, Augusto Nunes, além de vários outros. Uma pena que muitos não tenham compreendido ou desejado compreender a gravidade dessas denúncias. Estou indo votar em Geraldo Alckmin para presidente. Consciente de que poderá até não ser o nome que desejaria para governar o Brasil, mas de longe é uma opção que não pode ser comparada ao seu adversário. Confesso que não vi as propostas que desejava no candidato do PSDB, que não teve garra nem vontade de ver sua candidatura triunfar, com questões internas e frustrações incubadas prejudicando enormemente a sua trajetória eleitoral. Mas, como em ambos os lados não existiram propostas, neste item a coisa está empatada. Vamos para o quesito qualidades pessoais e trajetória política. Um tem um currículo honrado, relevantes serviços prestados como vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal e governador do maior estado do país. Tem história de honradez para contar e ser conferida, tanto que no imenso tiroteio da campanha eleitoral passou incólume nas acusações pessoais. O outro não diria que tem currículo para oferecer. De líder metalúrgico do ABC, desde esse tempo envolvido em suspeitas transações, “cavou” uma aposentadoria, pois nunca gostou de trabalhar, uma passagem medíocre e circunstancial pela Câmara dos Deputados, anos e anos sem trabalhar e finalmente sem preparo, destino ou vocação eleito equivocadamente presidente da República. Geraldo Alckmin tem em sua vida política um rol de realizações importantes para mostrar no campo da saúde, da educação, da segurança e da cidadania. Lula o que pode mostrar? Gravíssimas denúncias de corrupção, formação de quadrilha, saque ao erário e outros crimes hediondos praticados junto com seus companheiros marginais do Partido dos Trabalhadores. Denunciados pelo Ministério Público, fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União, que suspeita de uso indevido do dinheiro público. O juiz Marcos Augusto de Sousa, da 2ª Vara Federal, de Brasília, determinou nesta quinta-feira a citação do presidente Lula e de mais 20 pessoas e empresas acusadas, em ação popular, pelo desvio de R$ 12,5 milhões das cartilhas da Secretaria de Comunicação da que nem sequer teriam sido impressas. A citação será feita por Oficial de Justiça ou por cartas precatórias, dependendo do caso. O autor é Vinícius Rodrigues Bijos e o advogado é seu pai, Jairo Rodrigues Bijos, residentes em Taguatinga (DF). A ação popular pede também a “declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio”, revogação e anulação de ato administrativo e a nulidade dos contratos referentes às tais cartilhas. Além de Lula, são processados na Justiça Federal o ex-ministro Luiz Gushiken (Secom), doze funcionários do governo Lula, as agências de propaganda Matisse e Duda Mendonça, as empresas Web Editora Ltda, Editora Gráficos Burti Ltda, Pancrom Indústria Gráfica Ltda, Kriativa Gráfica e Editora Ltda, Takano Editora Gráfica Ltda, além de Cid Marques Faria. O presidente do Clube da Aeronáutica, brigadeiro da reserva Ivan Frota, divulgou na sexta-feira uma dura nota referindo-se ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao seu partido, o PT, como "uma verdadeira gangue" e "a maior quadrilha de malfeitores graduados de que se tem notícia na história nacional". Esta foi a terceira manifestação assinada por ex-integrantes do Alto Comando das Forças Armadas contra o presidente, o governo e seus escândalos, desde o início do processo eleitoral. Estes dois fatos são uma mostra da indignação de setores representativos da vida nacional com a lama que invadiu o Palácio do Planalto, o Governo Lula e o Partido dos Trabalhadores, suspeitos dos mais graves crimes contra a lei e a ética nacional. Se você ainda não votou, faça um exame de consciência para não se arrepender depois. Se estiver pensando em não votar, reflita mais e não se omita na opção por um Brasil decente. Não importa o resultado, o que vale mesmo é a sua consciência do dever cumprido. Não permita que sejamos enganados de novo, pois o Brasil não agüenta. Reaja contra a corrupção, a quadrilha do Partido dos Trabalhadores e as gangues do governo que assaltaram o bolso do povo brasileiro.Não deixe para depois, faça-o agora. Vamos juntos votar e gritar: FORA LULA!!
Editado por Adriana às 10/29/2006 11:18:00 AM |
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