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TEM JEITO?
Por Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário.

É mais fácil mostrar a pobreza e criar mais órgãos do Estado, do que de fato fazer as reformas, não só nas leis, na mentalidade, como nos gastos públicos. O mesmo governo que diz ter cortado 1,6 bilhão dos seus gastos, pressionado pelo temor e ansiedade de perder uma eleição “libera” para a “campanha” 1,5 bilhão de reais. Como diz Arnaldo Jabor a nossa sociedade era vítima do Estado, agora é cúmplice. E essa cumplicidade aparece com clareza nas eleições.
As renovações parecem ser repetições não só de pessoas, como de raciocínio de como melhorar os nossos padrões de vida. Na verdade, e sendo mesmo otimista, poderíamos dizer que todos, ou grande parte, sabem como fazer para mudar os nossos métodos e conseqüentemente os nossos padrões de vida. Temos como exemplos os USA, a China e o próprio Japão, para não falar em tantos outros, mas infelizmente nossos políticos partem do particular para o geral, e, portanto, o que temos por “reformas” são feitas para atender interesses imediatos deles, tais como empreguismo, divisão de cargos públicos, má gestão do dinheiro da sociedade e com isso temos uma dificuldade em romper com o passado.
Por outro lado, se a iniciativa privada tivesse o mesmo raciocínio, ainda estaria no Ford 29. A tecnologia e seu desenvolvimento não são obras do Estado e sim das grandes empresas que só nos Estados Unidos empregam 6 milhões de pessoas. Aqui no Brasil fica difícil falar em reforma, pois infelizmente a nossa juventude tem medo do risco e preferem fazer concurso para o Estado e ter segurança financeira, mesmo que depois se frustre com uma vida sem sentido e com a realidade do mundo moderno.
Aqui preferimos dar bolsa família ao estudo melhor e correto. Precisamos reformar prédios, conceitos e sobretudo termos um projeto de longo prazo. O dia seguinte já é longe para os planejadores encastelados em Brasília, a capital do ócio, pois não há um quadro de pessoas (funcionários) estáveis e independentes. A cada novo governo se muda tudo. Para não falar no pior, como por exemplo, no atual governo que nomeou mais de 30 mil pessoas para ocupar cargos que deveriam ser permanentes.
Para dar um pequeno exemplo basta dizer que a nossa Câmara Federal de julho a setembro reuniu-se 8 vezes, mas mesmo assim gastou mais de 4 milhões de reais só de gasolina. Tem jeito?


Editado por Adriana   às   10/05/2006 09:34:00 AM      |