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IMPARCIALIDADE PRA MIM???
Muitos já me cobraram imparcialidade, embora de tanto eu me declarar não imparcial, parece que essas cobranças diminuiram, já que ser imparcial é humanamente impossível quando se dá opinião sobre algo.
Vejam este texto abaixo, no blog do Alon, ele reflete bem o que penso e serve muito bem aos que ainda desejam esta impossibilidade.

Uma solução genial
Sou tomado pelo enfado quando entra em discussão o tema da imprensa. Penso que há poucas coisas mais inúteis do que ficar debatendo conceitos subjetivos e abstratos como isenção e equilíbrio. Debates apaixonados sobre questões de ordem subjetiva são como máquinas ruins: geram muito calor e produzem pouca energia aproveitável. Mas eu decidi tomar uma posição nessa polêmica e vou começar por uma advertência: este blog não é isento e só demonstra algum equilíbrio quando o autor (eu) consegue fingir que não está nem aí para determinado assunto, quando consegue se equilibrar na corda-bamba. Só que eu finjo mal e não sou tão bom assim como equilibrista, porque nesta altura das coisas eu percebo que você já conhece -ainda que por cima- minhas opiniões sobre quase todos os assuntos abordados no blog. Eu noto isso pelos comentários. E em geral agradeço aos que pensam diferente e mesmo assim se dispõem a engrossar as magras fileiras deste que será, um dia, o mais importante veículo de comunicação política do Brasil. Espere e verá. Bem, mas eu disse que iria entrar no debate sobre a isenção e o equilíbrio. E vou entrar propondo um critério, minha contribuição a uma possível "lei geral do isentismo e do equilibrismo". Penso que ela deveria incluir um conceito assim:

Só poderá ser juiz da isenção e do equilíbrio alheios quem puder provar que no período anterior, a ser definido por lei complementar, teve ele próprio um comportamento isento e equilibrado diante dos temas em pauta. Essa prova deverá ser baseada em medições estatísticas e poderá incluir a análise psicológica do candidato a juiz.

Acho que isso resolveria o problema. Como ninguém conseguirá provar, por critérios objetivos (nem subjetivos), a própria isenção e o próprio equilíbrio, ninguém poderá pedir isso dos demais. E passaremos a outros assuntos mais importantes. E eu terei contribuído para a libertação espiritual de milhões de seres humanos que hoje vivem escravizados, enfeitiçados pela miragem de um mundo sem conflitos. Não é genial? Você pode não achar, mas eu acho. Porque a minha falta de isenção começa pela maneira como avalio a mim mesmo. Ainda bem que você é diferente, não é?


Editado por Adriana   às   10/05/2006 02:55:00 AM      |