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NEM ESPERANÇS NEM APREENSÕES
Por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Estarão as eleições definidas em favor do presidente Lula ou haverá alguma chance para Alckmin? Pelo jeito, pela lógica e até pelas pesquisas, a sorte foi lançada e a reeleição tornou-se evidente. Mais quatro anos para o governo, proclamam uns e engolem outros. No entanto, a crônica eleitoral anda cheia de surpresas. Nem se fala do primeiro turno, quando tudo indicava a vitória de Lula e ele precisou enfrentar o segundo. Muito menos é hora de tripudiar mais sobre as pesquisas, que, além do monumental fracasso, apontavam outros resultados em estados como Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, entre outros.
Tudo indica a reeleição, boa parte dos companheiros de Alckmin pensa assim, mas como a decisão só acontecerá dentro de cinco dias, manda a cautela que se aguarde a confirmação. É prematuro voltar a calçar o salto alto, como andam fazendo setores ligados ao presidente. Ele não, justiça se faça.
Escaldado, mantém o mesmo ritmo na campanha e até intensifica sua atuação nos palanques e nos debates. Anda irritado pelas agressões sofridas, que nesta reta final não poupam sequer sua família. Não quer ouvir falar da composição do novo ministério, ainda que anuncie o tempo todo planos para o segundo governo.
Qualquer que seja o resultado, o Brasil continuará o mesmo. A situação é muito diferente de 2002, quando a perspectiva da vitória de Lula acendia esperanças e estimulava apreensões. A política econômica não vai mudar, os investimentos sociais continuarão voltados para os menos favorecidas. A atividade especulativa permanecerá suplantando a produtiva e a conta será enviada para a classe média. Mudanças sensíveis, nem pensar. Retrocessos, também não...


Editado por Giulio Sanmartini   às   10/24/2006 01:49:00 AM      |