Por Giulio Samartini
Pedindo desculpas aos leitores por ser repetitivo, mas a cada novo escândalo do governo devemos falar de alguns daqueles passados para que não caiam no olvido do eleitor, este, próximo a reeleger o indigno presidente da República com sua farândola de seguidores.
Tudo começou com Benedita da Silva, que se auto-intitula: mulher, negra e favelada, que em 2002 partiu para uma eleição majoritária a priori perdida e teve como prêmio de consolação a sinecura (leia-se “boquinha”) de ministro do Bem Estar Social. Antes que governo terminasse seu primeiro ano, em 24/9/2003 ela foi pilhada usando dinheiro público para fins particulares e ficou tudo por isso mesmo com o beneplácito presidencial.
Os peculatos foram se espalhando como mancha de óleo. Os ministros potentes (e prepotentes), viram-se envolvidos em falcatruas – José Dirceu, o “capitão do time”, tido como o Delfin até o escândalo do mensalão; Palocci o Czar da economia, pilhado em crime. O influente presidente de um partido aliado, a quem Lula, em sinal de confiança daria um cheque assinado em branco perdeu o mandato de deputado e teve cassados seus direitos políticos. De Lula, vieram os filhos, os amigos muito íntimos e aqueles menos um pouco e agora chega-se à raia miúda.
Está na berlinda o ex presidente da Infraero, Carlos Wilson Campos, que deixou o cargo para candidatar-se à deputado (PE) tendo sido eleito.
Sobre ele disse o presidente da República inaugurando obras de ampliação no aeroporto de Congonhas (SP) em dezembro passado (foto)
“Vir aqui neste momento é quase que fazer justiça à cidade de São Paulo e fazer justiça ao Carlos Wilson. O Carlos Wilson falou bem da Infraero, mas vocês viram que ele está deixando a Infraero para ser deputado. Ele não está deixando porque eu o estou mandando embora, ele está deixando porque a política é um vício. Então, ele vai lá para a arena de guerra e eu acho que o Carlos Wilson merece todas as homenagens que algum dia um presidente da Infraero mereceu, todas as homenagens. Primeiro, porque eu não sei se em algum momento na história dos aeroportos brasileiros algum presidente da Infraero atacou de uma só vez uma quantidade de obras igual a que o Carlos Wilson colocou em andamento nesses três anos em que ele preside a Infraero. Eu já inaugurei vários aeroportos, no Nordeste, no Norte, aqui, já inaugurei aeroporto tecnológico, já inaugurei aeroporto industrial, já inauguramos aeroportos de Recife, de Campina Grande, de Maceió, Navegantes, Viracopos, e outros tantos como Goiânia, Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos Dumont, estão em fase de acabamento.”
Tudo bem, não fossem essas obras super faturadas e Carlos Wilson estar sendo investigado pelo TCU, além disso, o Ministério Publico pediu a indisponibilidade de seus bens e a quebra do sigilo fiscal e bancário.
O que o atual governo rapinou à nação pode até ser devolvido, todavia o que foi tirado ao brasileiro é mais difícil de restituir. O governo roubo-lhe o respeito.
Editado por Giulio Sanmartini às 10/23/2006 07:20:00 PM |
 
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