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MORAL E MORALISTAS ROTATIVOS
Por Reinaldo Azevedo em seu Blog (3/10)
No petismo, como a moral é rotativa, os moralistas são igualmente rotativos. É o caso do governador eleito da Bahia, Jaques Wagner. Chegou a sua vez de pedir decência no PT. Volta e meia, eles se ocupam de ser decentes. Mas não muito. Lembram-se de Tarso Genro, à época do mensalão, propondo a refundação do PT, chocadíssimo que estava com tudo? Pois é. A “refundação” resultou na presidência de Ricardo Berzoini, um dos protagonistas do mais recente escândalo, o do dossiê. Ninguém, mas ninguém mesmo, foi punido. José Genoino, João Paulo Cunha, Paulo Rocha e caterva foram reeleitos.
Como se diz lá por aquelas bandas, “foram absolvidos” pelo eleitor. Delúbio Soares continua tão petista quanto antes. E seria interessante saber do que vive hoje em dia. Agora vem essa cascata de Wagner. Até a coisa cair no esquecimento. E, claro, ele já transformou o crime num dado da natureza, numa característica da fisiologia do processo: “dores do crescimento”. A Bahia, diga-se, tem problemas, alguns típicos de uma economia com crescimento medíocre, como a nossa — e o desemprego ainda alto é um deles. Mas é um dos Estados com as contas mais arrumadas do Brasil. A maioria dos baianos vai ver a besteira que fez daqui a algum tempo. Dores da democracia...


Editado por Giulio Sanmartini   às   10/04/2006 03:06:00 AM      |