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MAIORIA DE HELOÍSA E CRISTOVAM PODE IR PARA ALCKMIN
Na Veja on-line
A maioria do eleitorado que votaria nos candidatos que não foram ao segundo turno pode optar pelo candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, na decisão contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a última pesquisa do instituto Datafolha na véspera da votação, o tucano seria a segunda opção para uma parcela maior de eleitores de Heloísa Helena e Cristovam Buarque.
A simulação indicou que 53% do eleitorado que pretendia votar na candidata do PSOL escolheria Alckmin no segundo turno. Lula teria a adesão de apenas 29% dos simpatizantes de Heloísa. Como a candidata teve 6.575.393 votos, 6,85% do total, Alckmin se beneficiaria com mais 3,5 milhões de votos e Lula, com 1,9 milhão. A candidata já avisou que não cederá apoio a nenhum deles.
Os porcentuais de distribuição dos votos são similares no caso do candidato do PDT, que obteve 2.538.844 votos, ou 2,64% dos válidos. Alckmin ficaria com 1,3 milhão, ou 52% dos ex-eleitores de Cristovam, enquanto Lula ficaria com cerca de 660.000, ou 26%. Cristovam dá pistas de que apoiará o tucano: diz que vai esperar a decisão do partido, mas sinaliza que prefere Alckmin.
Contando com os eleitores dos outros candidatos derrotados - Ana Maria Rangel (PRP), José Maria Eymael (PSDC) e Luciano Bivar (PSL) -, Alckmin tende a receber um total de 4,9 milhões de votos contra 2,7 milhões para Lula. Conservados os votos do turno inicial, e sem contar mudanças nos brancos e nulos, a diferença entre Lula e Alckmin cairia, mas o presidente ainda venceria.
A margem - Lula terminou o primeiro turno com a menor vantagem sobre Geraldo Alckmin na preferência do eleitorado desde o fim do ano passado, quando os escândalos de seu governo estavam no auge. Naquela época, o presidente chegou a ter 41% de intenção de voto contra 40% de Alckmin num eventual segundo turno neste ano. Desde então, o petista manteve uma distância confortável.
Crescendo nas pesquisas desde o começo do ano, Lula passou a campanha quase toda com vantagem de entre 17 e 19 pontos. Com o escândalo do dossiê, a margem foi caindo. A ausência de Lula no último debate antes do primeiro turno fez com que Alckmin se aproximasse: da véspera do pleito, o presidente tinha 49% e o tucano 44%. No primeiro turno, Lula ficou 6,97 pontos à frente.


Editado por Giulio Sanmartini   às   10/04/2006 06:59:00 AM      |