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OS LOUCOS NO PODER
por Plínio Zabeu
Finalmente a paciência do presidente acabou. Ele, que nunca fez nada errado. Sempre se comportou de maneira ética e moral, chegou à conclusão de que, mesmo usando sua grande perspicácia, escolheu para compor seu grupo especial de trabalho nada menos que um bando de loucos. Foram palavras dele mesmo. Ninguém inventou isso.
Não que isso possa alterar os resultados das eleições. Já é fato consumado e bastante conhecido a causa dessa força extraordinária do homem que, mesmo sem nenhum estudo, chamado de trabalhador sem nunca ter realmente sido, galgou o posto mais alto do país. Realmente ele tem um grande valor e por isso tem mesmo que ser respeitado.
Agora, ser cercado por débeis como ele mesmo diz, foi realmente um drama. De modo que seu governo tem sido uma sucessão de “dito por não dito”, quem era não é mais, tudo o que fizeram foi às escondidas embora na frente e junto dele.
Desmascarados, foram caindo. Restam poucos por ora confiáveis.
Isso é muito ruim, para o país de um modo geral. Sabemos que do pondo de vista comercial – nossa fundamental fonte de riqueza – vamos indo de mal a pior. Acabamos de cair bastante no ranking dos países com capacidade de comércio. O ministro da Fazenda já cogita de criar um novo grupo para fazer frente aos existentes. Mas não progredimos.
As 3 metas do chefe continuam as mesmas: Poder, poder e poder. Espelha-se sempre em seus ídolos, Fidel e Chávez. Até ensaiou a formação de uma dupla fortíssima juntando-se ao produtor de coca do país vizinho. Tanto que deu a ele todo o apoio. Até chamou-o de “irmão”. Agora vê com quem estava lidando. O amigo que nos chamou de “imperialistas”, suspendeu suas atitudes de força contra o Brasil por alguns dias até a publicação da vitória da reeleição. Depois...
Acresça-se o risco que o chefe venezuelano vem correndo com a queda acentuada dos preços de petróleo. De quase 80 dólares, acaba de cair para 50. Um duro golpe naqueles que se consideram imunes a qualquer dificuldade comercial. E nosso presidente continua se espelhando nele.
No mundo globalizado – e não adianta afirmações em contrário – cresce quem for mais ativo, mais esperto. E nesse terreno estamos perdendo preciosas posições.
Vamos pedir aos céus para que, no próximo mandato, ao menos o presidente se valha de alguns exames prévios feitos por psiquiatras competentes para formação de sua nova equipe. Já que a atual, aloprada, já perdeu qualquer possibilidade de ajudá-lo na difícil tarefa que vai enfrentar.


Editado por Giulio Sanmartini   às   9/27/2006 11:49:00 AM      |