Por Osmard Andrade Faria é médico e escritor - do blog O Que pensa Aluizio
── EU CONHEÇO O MUNDO E O MUNDO ME CONHECE! Não é preciso ser muito versado em psiquiatria para chegar-se a um diagnóstico. Sigmund Freud (que em matéria de psiquiatria nem era lá essas coisas), dizia que a psicose delirante crônica (que o público conhece como paranóia), é o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ou seja, entre aquilo que o indivíduo é de fato, e aquilo que ele, prazerosamente, desejaria ser.
Quando, recentemente, em comício eleitoral, o sr. Luiz Ignácio Lula da Silva, que adora comparar-se, a si e ao seu governo, a todos os outros governos anteriores ao seu desde Mem de Sá, lamentou estar sendo traído, como igualmente o foram Jesus Cristo e Tiradentes, todos eles, porém, os três, quero dizer, Jesus Cristo, Tiradentes e Lula, permanecendo vivos na memória das gentes, estava apenas acrescentando um detalhe a mais ao seu prontuário médico. Patch, estudando a psicose delirante crônica, diz dela ser uma doença mental caracterizada pela distorção do senso de realidade, uma inadequação e falta de harmonia entre o pensamento e a afetividade. De acordo com Krapelin, “a paranóia é uma entidade clínica caracterizada, essencialmente, pelo desenvolvimento de um sistema delirante duradouro e inabalável mas, apesar desses delírios, há uma curiosa manutenção da clareza e da ordem do pensamento, da vontade e da ação”. Apesar de doente, pode chegar-se até à Presidência da República. Como Hitler, o mais típico exemplo do paranóico total, chegou ao comando da Alemanha, e por pouco, se não se acordasse a tempo, ao da Europa e do Universo. Dizem os compêndios especializados que normalmente o funcionamento desses pacientes não está prejudicado apesar da existência do delírio. A maioria deles pode parecer normal em seus papéis interpessoais e ocupacionais. Daí o perigo de ter-se alguém assim no comando de uma organização ou estrutura. Que dizer de um país. O paranóico, além de considerar-se um ungido, um eleito, um escolhido por Deus, reclama do fato de, por isso mesmo, ser permanentemente perseguido pelas autoridades, pelos colaboradores, pelos prejudicados, pelos invejosos, pelos menos capazes, por todos aqueles medíocres que lutam por ocupar-lhe o lugar. E por mais que aconteçam coisas estranhas ou condenáveis à sua volta, nunca sabe de nada, de nada participou, é sempre traído por seus mais íntimos colaboradores. Assim, os tipos mais persistentes de delírio que apresentam são os de grandeza. e de perseguição. Por exemplo: delírios persecutórios de membros das minorias. “Se alguém está pensando em disputar comigo o segundo turno, só se for na eleição de 2010, porque esta eu já ganhei”. Uma idéia delirante é sempre uma falsa crença não corrigida pela confrontação com o fato, tendendo isso a expandir-se no interior do indivíduo e logrando ocupar um espaço enorme em seu pensamento. Por essas poucas observações, verifica-se que o senhor Luiz Ignácio Lula da Silva é um homem efetivamente doente e como tal deve ser conduzido e tratado. Chegar à Presidência da República um retirante nordestino que até nasceu de mãe nascida analfabeta, mostra como é megalômano o seu mundo interior. “Nunca se teve neste país um governo melhor que o meu”, vive dizendo a cada instante, o chamado “Nosso Guia”. Que mostra o perigo que estamos correndo em continuar a tê-lo como comandante do nosso barco, à beira do naufrágio. O senhor Luiz Ignácio Lula da Silva precisa urgentemente de atendimento médico. Com ele o Brasil está fazendo água. Às bóias, pois!
Editado por Adriana às 9/27/2006 11:05:00 AM |
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