Por Onofre Ribeiro Recebi alguns e-mails, menos do que o esperado, sobre o tema proposto no artigo de ontem. Transcrevo alguns, mas advirto o leitor: o pessimismo é total! De Edina Luiz: “como eleitora brasileira, apesar de um estar um pouco descrente com nossos políticos, irei votar com fé, já tenho meus candidatos, vou votar consciente, não espero, como você disse, nenhum milagre. Acredito, sim, que depois de tanta sujeira deverá surgir algo de bom com tudo isso, pena que a maioria irá cometer os mesmo erros do passado, mas cada povo tem seu governante.Obs: Lula não ganha meu voto, mas ganhará o da maioria, infelizmente”. De Agripino Bonilha Filho: “Infelizmente vamos eleger os piores, ainda vale as estruturas de campanha bem avalizadas e bem acolchoadas com muito dinheiro. O povo do interior se vale das benesses oriundas dos recursos aquinhoados, dos cargos federais, estaduais e municipais por indicação e ligações próximas com o poder municipal que geralmente coordena a campanha. Em todo o Brasil vamos batizar e, no confessionário vamos perdoar os “pequenos deslizes” em nome do prático, afinal, o fim justifica o meio. Para a classe média Lula controlou a inflação, recuperou a credibilidade externa, manteve um excelente superávit da balança comercial e equilibrou a economia no geral. Essa classe não está preocupada com os desmandos, cuecas, doleiros, sanguessugas, mensaleiros, etc. Muito menos com o custo-Brasil. Eles preferem tudo isso em troca da suposição da rabada provocado pela privatização no governo FHC, na inoperância da polícia federal no passado e a falta, por alguns dias, de prisão dos grandes ladrões de colarinho branco”.
De Elza Lima de Castro: “Estamos vivendo a era do "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Está realmente difícil votar. Sabemos que precisamos modificar a atual situação, mas as opções são poucas, pra não dizer que são as mesmas. Apesar disso, uma coisa é certa para mim. Nunca mais vou esquecer o nome dos meus candidatos, porque vou acompanhar bem de perto os seus trabalhos. Caso se desviem daquilo que prometeram para conquistar meu voto, o perdem, e o que é pior, denuncio na internet o engodo. Sei que isso ainda é pouco, que vou me decepcionar outras vezes mas, na atual circunstância, já é um começo”. De Leonel Fonseca: “Seguindo uma linha de raciocínio diferente, chego a pensar o seguinte: o Presidente Lula, usou do mensalão para angariar votos ao seu hamado Projeto Político. Em resumo: comprou os votos dos parlamentares...Através do Bolsa Família, Bolsa Escola, etc., ele compra agora os votos dos desaculturados, desinformados, desfavorecidos, necessitados, seja lá o nome que queira se dar ou rotular.É evidente que os problemas são altamente complexos, porém, de forma superficial, não estariam, estes últimos, por necessidade ou comodismo, copiando os primeiros? Apenas os valores é que seriam diferentes? O tempo dirá”. De Zildinete Alves de Arruda: “Pra mim, esse eleitor peregrino, na sua grande maioria, vai cumprir um dever "voluntário-obrigatório" de registrar a sua participação nesse pseudo processo eleitoral que desacreditado ou não, legitimará os próximos corruptos ou corruptíveis para um ou mais um mandato.Como, a maioria de nós eleitores, mal temos tempo de ler, ver e ouvir as notícias que nos chegam a cerca desses milhares de candidatos, cuja fala e presença nada revela a não ser uma vontade de usufruir das "benesses, vantagens e poderes" que hoje, só aos políticos é reservado”. Continua amanhã.
Editado por Giulio Sanmartini às 9/14/2006 04:50:00 AM |
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