Por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Era para ter sido ontem. Não foi. Ficou para a próxima semana. Só que ninguém garante. Fala-se da divulgação do programa de governo para o segundo mandato. Seria não apenas o documento mais importante da campanha pela reeleição, como uma oportunidade para a conquista de eleitores indecisos e a reafirmação do voto dos já decididos a votar no presidente Lula. Afinal, eleição se ganha com promessas concretas, mesmo depois não cumpridas.
Seria cômico, se não fosse trágico, a 37 dias das eleições, é o motivo pelo qual continuamos sem saber o que se planeja para o próximo quadriênio. A divulgação do programa foi adiada por falta de tempo na agenda do presidente.
Tempo existe para viagens sem conta, reuniões com artistas, jovens cientistas, craques de futebol, visitantes estrangeiros, freirinhas, comissões de sem-terra, sem-piscina e tudo mais. Até para vistoriar postes e criar universidades de papel. Como não há, na agenda presidencial, oportunidade para cumprir um compromisso previamente anunciado e essencial para o futuro do País?
Os dirigentes da campanha que contem outra, porque essa parece digna do Pinóquio. Na realidade, deve ter havido algum impasse para a apresentação das novas metas. Quem sabe um assessor, um ministro ou o próprio candidato tenham discordado das propostas? Corremos o risco de chegar ao dia da eleição ignorando o que o presidente pretende fazer de novo. Só o presidente? Nem pensar. Os demais candidatos também continuam devendo seus programas.
Editado por Giulio Sanmartini às 8/24/2006 02:54:00 AM |
 
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