Por Giulio Sanmartini No último dia 10 de agosto, andava com alguns amigos pelas ruas de Jerusalém o italiano Ângelo Frammartino (24), ele tinha ido com uma Ong ligada à Cgil – Confederazione Nazionale Italiana de Lavoro (Confederação Nacional Italiana do Trabalho), algo como a Cgt brasileira (Confederação Geral dos Trabalhadores). Fora como animador num programa para entreter e divertir as crianças palestinas, dois dias depois sua missão seria dada com finda e ele já estava se preparando para voltar à Itália. De repente, surge não se sabe de onde alguém que o agride à facadas, ele cai por terra sangrando e seu tempo de vida será breve, voltará à sua terra dentro de um caixão. O Jornal “la Repubblica”, noticiou o fato em duas páginas, com chamada na primeira. O correspondente em Jerusalém Alberto Stabile, em seu artigo “Italiano ucciso a Gerusaleme” (Italiano morto em Jerusalém) relata o fato, mas faz uma observação no mínimo estranha: “A polícia israelense não é como a nossa. Quase sempre muito ’econômica’ nos particulares, quis fazer logo de domínio público uma sua suspeita. Isto é, que o homicídio tenha sido como se diz aqui, ‘motivado por razões nacionalistas’. Em suma, um ataque terrorista, objetivando disseminar medo e mal estar também entre os estrangeiros, para dessa forma vingar-se do mundo que se solidariza, ce ‘maneira distorcida e feroz’. Com os árabes que se querem ‘vítimas da agressão”. Albeto Stabile põe em dúvida a liberdade de expressão e, como se não bastasse tenta mensoprezar a polícia do Estado democrático de Israel, dano a entender que a força da ordem em seu trabalho não use isenção.
Passados pouco menos de dez dias, a polícia israelense, com o apoio de agentes do “Shin Bet”, serviço de contra-espionagem que se ocupa da segurança interna encontrou e prendeu o culpado, Ashraf Abdel Habaished (24), que contrariando o pensamento divulgado por Stabile, trata-se de um ativista do Jihad. Jihad, como palavra tem o significado de “combate”, mas no “lato sensu” trata-se de uma luta espiritual pra chegar-se à Guerra Santa. Nesse ponto entra o irracional, o criminoso totalmente desprovido de qualquer senso de civilidade declara sem pejo: “Lamento que tenha sido um italiano, eu queria matar um hebreu”. Quer dizer, para esse energúmeno, matar hebreus é um direito legal. O fato foi noticiado, sempre em “la Repubblica”, pelo enviado Anselmo Ansaldo, na chmada da primeira página a manchete é a seguinte: ‘Preso o homicida do voluntário. “queria matar um hebreu”, nesta há um erro semântico. Um jornalista não pode escorregar na semântica, se o faz ou é por incompetência ou por má fé. Ao usar a palavra homicídio, Ansaldo parece querer atenuar o ocorrido. Homicídio é a morte por um ato voluntário ou involuntário. A morte perpetrada pelo palestino em Jerusalém, por sua crueldade, hediondez e futilidade, jamais pode ser classificado como homicídio, trata-se de um assassinato, isto é, um homicídio voluntário e premeditado. Aliás a etimologia dessa última palavra a coloca muito bem. Vem do árabe (haxxixin) resultando em português haxixe, algo como a maconha, que os muçulmanos consumiam para ficar excitados e assim partiam em grupos para assassinar os de outra crença religiosa. A privação da liberdade de imprensa é intolerável, da mesma forma que é intolerável o jornalismo tendencioso.
Editado por Giulio Sanmartini às 8/25/2006 11:07:00 AM |
|