Por Giulio Sanmartini
Desde que deixou a profissão de torneiro mecânico, tornando-se líder, dirigente sindical e político, Luiz Inácio Lula da Silva norteou suas atividades em ser sistematicamente contra, tudo e todos que não comungassem com sua linha de pensamentos.
Mas um dia, ser de contra não foi mais suficiente, chegou a presidência da República, sabendo tudo que estava errado, mas ao assumir não sabia como resolver pois não tinha um mínimo programa de governo, aliás tinha sim , o de usufruir de todas as formas (corretas e desonestas) das benesses que o poder propicia a ele e a seus asseclas.
Agora sua reeleição que parecia favas contadas, entrou numa queda de intenção de votos, lenta mas inexorável e assim o presidente e seus partidários tiveram que inventar uma golpe de cena: Propôs enviar ao Congresso, depois das leições, uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para votar a reforma política.
Não há a mínima dúvida que a Constituição de 1988, está mal feita , que só funciona com as medidas provisórias, que de exceção passaram a ser regra geral, mas é a que tem a nação.
Diz sobre o fato o autorizado jurista Célio Borja "Essa Constituinte exclusiva seria um engodo. É uma idéia infeliz, que poderia criar dúvidas sobre a validade da ordem jurídica. Nada justifica essa convocação".
Além do mais trata-se de uma proposta inconstitucional, demonstrado que o presidente, que deveria conhecer pelo menos os rudimentos da Carta Magna, a desconhece totalmente, seria como um professor de primário que não soubesse o que é uma cartilha.