Por Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário. Mesmo tendo alguns jornalistas, locais e nacionais, já escrito sobre o tema, ainda assim acho importante reforçar o que foi dito. Está em gestação no Palácio do Planalto – Deus queira que aborte – um projeto inacreditável que pretende mudar os critérios da produtividade do agronegócio. E a primeira vítima desse malfado projeto foi o ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues que não concordava com os vermelhos do Incra e do Ministério. O projeto “ungido” no Palácio do Planalto quer alterar os índices de produtividade no setor agrícola, conquistados a partir de 1999 a 2003, época de números elevados e favoráveis, ajudado por grandes investimentos no setor tais como máquinas, adubos, defensivos agrícolas e o principal componente do agronegócio – OTEMPO.
Na última safra agrícola, a produtividade foi 2,6 toneladas, ou seja, a maior produtividade alcançada. Mas esses números conquistados pelo esforço pessoal dos empresários e trabalhadores do setor, correndo os riscos do mercado, e que, diga-se, não teve a interferência do governo. Pois bem, agora o governo achando “pouco” os números, quer impor o projeto que visa alterar a produtividade conquistada livremente de 2,6 toneladas, para 2,9 toneladas. Ou seja, não é um estimulo, ou uma forma de incentivo para aumentar a produtividade, e sim uma IMPOSIÇÃO. Só para lembrar aos que talvez não saibam, algo parecido foi feito na ex-União Soviética sob o tacape de Stalin que obrigava os agricultores (mujiques) a produzirem, para depois usar isso como um “conquista” do socialismo, pessoal e dele. Resultado: faliu a União Soviética, hoje a Rússia é dos maiores exportadores de alimento do mundo, e pior, morreram, pelas estatísticas mais favoráveis, algo em torno de 15 milhões de soviéticos, com “coletivização forçada do stalinismo”. Se Stalin e o fantasma do socialismo morreram e foram enterrados, penso eu, que ressuscitou aqui no Brasil com PT. Agora imagine se esse partido ganhar um segundo mandato. Deus tenha pena de nós. Agora o mais grave. Se os índices propostos pelo projeto do Planalto não forem atingidos, as terras produtivas poderão ser desapropriadas para os sem terras. Sinceramente, o que quer essa gente do PT? Fica claro qual a real intenção dessa gente. Eles querem destruir a iniciativa privada. E pelos cálculos dos “estatísticos” do PT, mesmo não sabendo quem irá conseguir os índices ou não, já há uma idéia de que mais de hum milhão de hectares produtivos serão desapropriados e repassados para o MST. Cabe a pergunta: quem governa o país? E olhe que hoje no Brasil, há 90 milhões de terras ociosas. Mas eles vão em cima exatamente das produtivas. Isso é stalinismo ou coisa pior? Ora, parece mesmo uma política projetada de enfraquecer o setor para entregar as terras ao MST, que seu maior mérito tem sido transformar fazendas produtivas em favelas rurais. Durma-se. E o MST nunca foi pródigo em produtividade. Aliás não conheço um esquerdista que tenha produzido algo, a não ser gerar conversa fiada, discurso vazio, e ser sustentado pelo Estado, através das contribuições dos particulares, que eles, paradoxalmente, querem destruir. Foi por isso que o comunismo faliu no mundo todo. Por falar nisso também, é fácil explicar agora porque os políticos trabalham de terça a quinta: eles têm a iniciativa privada para trabalhar e sustentarem eles. Eles também podem se aposentar depois de nove meses de mandato, porque tem quem trabalhe 35 anos para pagar a aposentadoria deles. É lamentável tudo isso. Mas o agronegócio responde hoje por 1/3 do PIB brasileiro, que emprega 3/4 dos empregos e 93% do saldo da balança comercial. Como explicar então esse projeto? Entregar um setor dessa dimensão é uma prova clara da desonestidade desse governo, que joga contra o povo brasileiro. Há quatro meses a filial Suíça Syngenta, empresa de alta tecnologia de sementes geneticamente modificadas, foi invadido por um movimento chamado Via Campesina, e até o momento apesar do juiz ter dado reintegração da posse, não foi respeitada pelo governo do Estado do Paraná. A alegação da invasão é que eles não aceitariam pesquisas como as que vêm sendo feitas, para a melhoria das sementes, e estão transformando a empresa em um centro de plantação de sementes crioulas que tem mais de 300 anos e eram usados pelos INCAS. Pode? São a essas pessoas que o governo Lula quer entregar as terras produtivas. Ainda bem que eles não chegaram a EMBRAER porque iriam lutar para fechar a empresa e pesquisar novamente o 14 Bis. O compromisso dessa gente, sinceramente, é com o passado. Estamos vivendo o apagão da inteligência e da razão – não é Lula?
Editado por Adriana às 7/30/2006 10:31:00 PM |
|