Trecho do artigo "Pelo modelo de crédito adotado pelo agronegócio no Brasil, em que as empresas financiam os produtores, é possível afirmar que elas também possuem responsabilidade nessa questão", afirmou Amado Oliveira, consultor e membro da Comissão de Meio Ambiente da Famato. "Essa medida foi precipitada. Da forma como que o anúncio foi feito parece que apenas os produtores são os grandes vilões da história", ressaltou Oliveira.
A Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) declarou que as tradings também são responsáveis pelo desflorestamento da Amazônia, assim como os próprios produtores. A afirmação foi dada para justificar a ausência da Famato no encontro dos representantes da cadeia da soja ocorrida ontem, em São Paulo.
Na segunda-feira, tradings com a Cargill, Bunge, ADM e a brasileira Grupo André Maggi - ligada ao governador Blairo Maggi, declararam que não comprariam mais soja proveniente de novas áreas desmatadas da Amazônia pelos próximos dois anos.
Também a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e a Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) declararam apoio à moratória.
"Pelo modelo de crédito adotado pelo agronegócio no Brasil, em que as empresas financiam os produtores, é possível afirmar que elas também possuem responsabilidade nessa questão", afirmou Amado Oliveira, consultor e membro da Comissão de Meio Ambiente da Famato. "Essa medida foi precipitada. Da forma como que o anúncio foi feito parece que apenas os produtores são os grandes vilões da história", ressaltou Oliveira.
Greenpeace em MT
O governador Blairo Maggi (PPS), considerado o “rei da soja”, afirmou ontem que o grupo André Maggi já vinha conversando há dois meses com o greenpeace no sentido de estabelecer uma convivência harmônica com o mercado internacional e a cadeia nacional do agronegócio.
“Não tem ninguém prejudicado porque quem está na atividade vai continuar só não poderá ampliar a área plantada para os próximos dois anos”, afirmou Maggi.
O governador informou ainda que esta semana conversou com o diretor nacional do Greenpeace, Paulo Adário, que deverá nos próximos dias visitar Mato Grosso. Maggi disse que deverá ser firmado um acordo entre a ONG e a Sema no sentido de fazer o controle sobre a área de desmate.
Ele informou ainda que há urgência em se fazer o licenciamento ambiental único de todas as propriedade rurais do estado, mas que faltam recursos. A idéia seria captar o dinheiro por meio de uma linha de crédito junto ao Banco Mundial. “Hoje nós cobramos dos produtores e não é barato e como a crise apertou o produtor não quer fazer despesa", observou Maggi.
O governador ainda não sabe qual o montante em recursos seria necessário para realizar o licenciamento. A proposta é captar o dinheiro e o Estado assumir um compromisso de pagamento nos próximos 15 anos.
Editado por Adriana às 7/29/2006 09:21:00 PM |
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