Por Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário.
Não precisamos mais de ficção através das novelas. Temos a maior delas através da classe política nesse país. Vivem em cidades construídas artificialmente só para eles. Brasília, hoje, tem o maior PIB do país. Trabalham dois dias por semanas quando o fazem. Tem altos salários e lugar para toda a família nos gabinetes (onde está a lei antinepotismo? Perdemos de vez a vergonha). Quer melhor ficção do que esta? Ou seria um pesadelo da realidade? Mas a ficção chega ao ponto que a empresa Brasil S/A, cresceu 2,5% em 2005, e o aumento dos funcionários (pasmem) ficou entre 12 e 190 por cento em 2006, aumentando a folha do governo para mais 104 bilhões, fora os 115 bilhões programados para 2007. Um sonho digno das novelas da globo, para quem controla o Estado, mas um pesadelo para o povo brasileiro que mais uma vez ver adiado o financiamento da casa própria, a melhoria do ensino, a reconstrução da malha rodoviária e tantos outros esquecidos. Parece até uma maldição que o nosso governo tem mantido contra o povo, preocupado única e exclusivamente em encher as repartições com nomeações para sustentar a sua máquina como a atual “emperrada” do PT. O maior exemplo ou um dos maiores é a ferrovia norte-sul que quando do inicio do governo tinha 55 funcionários e agora já passa dos 270, e tudo isto, entendam, sem aumentar um metro a mais de trilho. Isso não é pura ficção? Ou, volto a insistir, seria um grande pesadelo? Imagine um vice-governador assumir o cargo por 9 meses e se aposentar como governador, isto é, com salário de governador, enquanto um trabalhador da iniciativa privada precisa de 35 anos de contribuição para se aposentar. E ainda querem merecer o voto? Brasileiro de fato é um povo pacifico. Mas isso pode continuar assim? Como é possível isso? Como? Mas aqui no Brasil, para os políticos, essas “majestades”, há leis especiais para tudo, até mesmo para o trânsito. Uma infração na lesgilatura, os distintos só podem ser processados com autorização do STF, e isto se a Câmara der autorização. É muito privilégio. Mas do lado da “realidade”, onde se encontra o povo brasileiro, não temos dúvidas em dizer que eles são ordeiros e honestos. E são tão ingênuos que pensam que a classe política pode salvá-los, quando na realidade são eles (o povo) que salvam os políticos a cada legislatura e que na verdade, estes, os políticos, empurram o povo para as favelas, para a prostituição e o crime. A “realidade” foi para as ruas torcer pela seleção brasileira pensando que eram escalados os melhores e não sabiam que quem escolhe é a Nike. Nossos pseudos jogadores são garotos propaganda e modelos de grandes empresas e a bola é apenas uma chateação em suas vidas. Nosso presidente quando quis ser engraçado falando sobre a gordura de Ronaldo, levou uma dura repreensão e calou-se até hoje. Roberto Carlos, o lateral da copa, ficou na linha branca da grande área de costas para o gol abaixado, talvez procurando o brinco de sua grife. Foi o único brasileiro que não viu o gol da França, apesar de estar dentro do campo. Estou convencido de que pelo menos no Brasil a ficção venceu a realidade.
Editado por Adriana às 7/26/2006 09:30:00 AM |
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