O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem cometido uma série de erros desde que chegou ao cargo num lance de sorte no final de março. Antonio Palocci Filho caiu por motivos alheios à política econômica. Cabia a Mantega administrar um time que estava ganhando, pois o pior momento já havia passado, e ele poderia faturar o esperado crescimento econômico deste ano.
Mais: Palocci já havia negociado no final de 2005 a elevação de gastos públicos em 2006, ano eleitoral, a fim de fortalecer a chance de recondução de Lula ao Palácio do Planalto. No entanto, dava declarações públicas de que o rigor fiscal não seria afrouxado. Para manter as aparências.
Com Mantega, a coisa começou a desandar. O superávit primário de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto) voltou a ser uma questão em aberto. Auxiliares do ministro aventam a possibilidade de que possa ficar até abaixo da meta.

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