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O PAI DOS POBRES DÁ UM GRANDE PRESENTE AOS USINEIROS
Ninguém tem todos os acertos, mas também não tem todos os erros. Sou pessoalmente contra os latifúndios improdutivos. Dar somente a terra ao produtor rural que não a tenha e depois ele que se vire é como querer que alguém construa uma casa dando-lhe somente os tijolos. Mais ou menos é isso que acontece na realidade, por isso a maioria dos assentamentos não dão certo. Todavia a principal culpa pela tensão fundiária, são os movimentos de conotação política, que englobam de tudo até alguns produtores rurais. Tem como objetivo a baderna, o princípio revolucionário de esquerda, do quanto pior melhor.
Mas se eles se revoltarem contra a medida do governo que perdoou dívidas dos usineiro nordestinos num montante de bilhões de Reais, não poderei recriminá-los.
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Por Carlos Chagas, na Tribuna da Imprensa

Publicou a "Folha de S. Paulo", no fim de semana, que nos últimos quatro anos o governo Lula perdoou dos usineiros dívidas no valor de um bilhão de reais, através do Banco do Brasil. O exemplo de Fernando Collor parece ter frutificado, já que quando governador de Alagoas o atual senador também apagou as dívidas dos mesmos grupos.
A primeira pergunta que a gente faz: terão sido apenas os usineiros a ter seus débitos perdoados? Nem se fala dos banqueiros, beneficiados pelo Proer nos tempos do sociólogo. Mas que outras categorias do andar de cima? Muitas, presume-se.
A segunda é mais simples: e nós? O cidadão que vive de salário, paga impostos e cumpre a lei, apesar de esmagado por ela, continuará pagando todas as contas? O pequeno empresário, sempre debaixo da sombra da falência, contaria com as benesses do poder público na mesma proporção dos grandes?
Enquanto isso o Banco do Brasil desenvolve uma das mais ridículas campanhas publicitárias, daquelas que custam centenas de milhões: deixou de chamar-se Banco do Brasil. Agora é "Banco do João", "Banco do Marcelo", "Banco do Francisco". Serão esses os nomes dos usineiros privilegiados? Não houvesse outra conotação e poderia ser, também, "Banco da Cana", mas isso pode dar confusão...


Editado por Giulio Sanmartini   às   1/16/2007 07:48:00 AM      |