Toda a história tem três versões: a de uma das partes, a da outra e a verdadeira. Para chegar-se a essa terceira faz-se necessário saber as outras duas. O presidente Lula, sempre que se vê perto no envolvimento de uma falcatrua fecha-se em copas, dessa forma não permitindo que se chegue a verdade, certamente não lhe interessa que essa seja conhecida. Já um homem correto e honrado, quando acusado parte imediatamente para contar a sua versão e propõe-se a responder a qualquer pergunta. Em foi a demonstração de seriedade do deputado Raul Jungmann, acusado de forma extemporânea e estranha sobre sua gestão no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Respondeu imediatamente, inclusive abrindo suas contas bancarias e desafiando a quem quer seja demonstrar que tenha algo de irregular nelas, mais ainda, caso seja encontrado algo desabonador renunciará imediatamente a seu mandato. Josias de Souza em seu Blog na Folha de São Paulo escreve detalhadamente sobre o assunto, Para lê-lo na íntegra clicar em “Texto Completo”
‘Renuncio ao mandato se acharem dinheiro na conta’ por Josias de Souza na Folha de São Paulo O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse nesta segunda (15) que renuncia ao mandato que acaba de reconquistar nas urnas se encontrarem em sua conta um tostão dos R$ 33 milhões que o Ministério Público diz ter sido desviado ao tempo em que era ministro do Desenvolvimento Agrário de FHC. Jungmann concedeu entrevista coletiva para se defender das acusações. Na ação que encaminhou à 17ª Vara da Justiça Federal de Brasília, o Ministério Público responsabiliza Jungmann e outras sete pessoas e empresas pelo suposto desvio de R$ 33 milhões em contratos firmados com agências de publicidade, entre elas a Artpaln e a Casabalca. "Como se chegou aos R$ 33 milhões? Se desviou isso, onde foi parar esse dinheiro? Eu renuncio ao mandato se alguém encontrar esse dinheiro no bolso de alguém, no meu ou em alguma conta bancária", disse o deputado, que preparou um documento com a linha de sua defesa (aqui). Segundo Jungmann, os procuradores que assinam a ação –Raquel Branquinho e José Alfredo da Silva— desconsideraram o resultado de uma sindicância realizada pelo Incra em 2004, já sob Lula. O processo administrativo do órgão teria detectado erros de cálculo de R$ 562 mil nas comissões pagas às agências de publicidade contratadas à época de sua gestão. Segundo Jungmann, é esse o valor resultante das irregularidades, não os alegados R$ 33 milhões. Para o deputado, a restituição da importância paga em demasia deve ser cobrada das agências pelo Incra. Jungamann reclama de não ter sido chamado a depor pelo Ministério Público. "Por que jamais fui ouvido? Por que o MP nunca me chamou para me defender? Sou o principal acusado e ninguém me ouviu. Será que, ao me defender, eu derrubaria essa ação?" De resto, Jungmann realçou na entrevista que "não existe uma única vez a palavra crime” na ação movida pelo Ministério Público. “Existem irregularidades, mas não crimes. Não estamos diante de uma acusação penal", disse. A defesa do deputado será assumida pela deputada-juíza Denise Frossard (PPS-RJ). Ela assumirá a causa, sem cobrar honorários, logo que seu mandato de deputada expirar, no final do mês. O deputado disse ter estranhado o fato de ter sido o único funcionário de primeiro escalão a ser mencionado na ação. Disse que o Incra “tem autonomia financeira e administrativa”. E, a despeito disso, nenhum dirigente do órgão foi arrolado no processo. Jungmann reafirmou sua intenção de manter-se à frente do movimento suprapartidário que tenta construir uma candidatura alternativa à presidência da Câmara. Disse que abdicar do movimento seria o mesmo que uma admissão de culpa. Algo que considera fora de propósito.
Editado por Giulio Sanmartini às 1/16/2007 12:58:00 AM |
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