Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
FÉRIAS DOS DIRIGENTES
Por Plínio Zabeu
O presidente teve nada menos de dois meses inteiros para refazer o seu ministério ( foram 35 no primeiro mandato e neste ainda não se sabe quantos serão, dadas as negociações intermináveis entre interessados em zonas com porteira fechada) mas ele preferiu, como sempre, deixar pra depois.
Assumiu em meio a uma confusão danada – ministros que se vão, outros que esperam melhoras – auxiliares diversos com fome de cargos e vantagens, enfim a bagunça característica do sistema político brasileiro. E o que faz o chefe da nação? Simplesmente tira férias. Bem. Afinal ninguém é de ferro. Logo quem nunca foi dado a um batente, que mal tem em tirar um descanso? Lembremo-nos do Gen. De Gaulle: “O Brasil não é um país sério”.
A presidência da Câmara em barganha. Gente do partido governante (existe ainda o PT, ou quem manda agora é uma nova modalidade de força, O Lulismo?) com Aldo que grita para o Themer: “Apóiem-me agora, que em 2008 garanto pra vocês”. Do alto do senado, o Renan (Sarney ao lado) mostra-se confiante: “Daqui não saio daqui ninguém me tira”. Enquanto isso, um grande número de deputados e senadores que, ou foram eleitos para outros cargos ou serão nomeados, estão renunciando. Para suas cadeiras, os suplentes ávidos de mais pelo menos 50 mil “paus” cada um, aparecem correndo para a posse para não perderem o próximo avião pra casa, já que o congresso entra em recesso.
Ministros sem pasta, ou com a pasta no fim do tubo, absolutamente nada vão fazer. Imaginem o da justiça – com toda aquela baderna no Rio de Janeiro – com planos de voltar à banca advocatícia, de onde nunca deveria ter saído, já que para o Palácio foi apenas para defender aloprados, mensaleiros, sanguessugas e outros, também vai tirar 2 semanas de férias. O ministro da Fazenda, em momento importantíssimo, já que não temos planos de crescimento e desenvolvimento, vivendo apenas da bendita herança de FHC (Plano Real), também se manda.
Ministério incompleto. O presidente de férias. Nenhum plano pronto. Todos em festa porque no Brasil o ano começa somente depois do carnaval.
Durante a campanha muito se falou no controle de gastos públicos mas tudo já vetado. Haja dinheiro para mais populismo, mais assistencialismo, mais e mais demagogia.
Esperávamos novas atitudes do chefe da nação, agora que está realmente só. Seus “amigos” não o fizeram perder o mandato apenas porque faltou oposição. E agora???
pz@vivax.com.br


Editado por Giulio Sanmartini   às   1/04/2007 01:55:00 AM      |