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ELES ESTÃO ERRADOS
Por Laurence Bittencourt Leite
No final dos anos 70, de acordo com o especialista em contas públicas, empresas públicas e privadas, John Donahue (professor de Havard) as empresas estatais declaravam ter em média 6,7% da forca de trabalho isso nos países ricos da Europa. Já os EUA essa porcentagem era de 1,5%. Ainda de acordo com Donahue, na Europa esses números caíram ainda mais, depois que Margareth Tatcher elaborou um audacioso plano de privatizações na década de 80 o que pôs de pé novamente a Inglaterra, privatizando inclusive a Britsh Petroleum. A lista de privatização de Tatcher foi imensa para citar todas, mas percebam, depois não houve uma sequer que tenha sido reestatizada, pelos Trabalhistas inclusive. A Franca fez o mesmo com o socialista Miterrand e na Espanha o socialista Felipe Gonzáles vendeu a SEAT (fabricante de automóveis. Imagine o Estado vendendo automóveis!), bem como a Companhia Estatal de Petróleo. Enquanto isso na América Latina de Hugo Chaves...Enquanto isso no RN...É inacreditável. É inacreditável. Hugo Chaves pediu poderes plenos e totalitários e o mundo em silencio. Hitler fez o mesmo na Alemanha, quando acordou do pesadelo já era tarde. Aqui no Brasil os “socialistas” acham tudo muito normal, mas adoravam (adoram) criticar a ditadura militar. Eita picaretas!
Bom, mas é incrível que muito antes dos outros países desenvolvidos fazerem o mesmo, os EUA já tivessem, apenas para citar algumas, uma indústria ferroviária privada, uma indústria de telecomunicações inteiramente privada, o setor de energia privado, a distribuição de gás privado, produção de óleo idem, etc, etc, etc. Mas eles devem estar errados. Eles são os miseráveis (inclusive emprestando dinheiro ao Brasil rico, mas que ninguém sabe para onde foi). O resto do mundo rico, aprendeu, às expensas dos EUA que governo é ineficiente em provê economia independente de quem esteja à frente e que é um desastre. Enquanto isso na América Latina...Aqui no Brasil pagamos tributos para os políticos se elegerem. Deve ser isso que chamam de “sensibilidade política”. Humm, si não. Uns doidivanas que não entendem de nada, a não ser de politicagem, emperrando esse país e esse Estado. O Congresso ou as casas legislativas no Brasil não deveria ser “casa do povo” e sim “casa de loucos”. Mas dizer isso é ofender as autoridades, pois sim. Mas e a ofensa que essa gente perpetra contra a população diariamente, contra o contribuinte que os paga e em nome do atraso? Mas eu entendo a defesa que muitos fazem: no fundo é para defender o “contra-cheque”, e a “boquinha”. Mais nada. E no entanto, muitos desses mesmos não hesitam em vilipendiar a política e o político de que não gostam, o país de que não gostam, ou mesmo agredir civis que eles não gostam (quem é atacado de M. Fofoca, aqui entre nós?). Nessa hora para surpresa geral eles acham legítimo o que fazem. Mais uma vez é preciso lembrar Rosa Luxemburgo: “a liberdade é sempre a liberdade de quem discorda de nós”.
Os americanos sempre entenderam (desde a independência) que pagamento individual (um pedágio, por exemplo) é melhor, mais correto, democrático e produtivo, que pagamento coletivo (impostos). Afinal eu pago por um livro individualmente. Por que não o mesmo em outros setores? O contribuinte americano não gosta de ver desperdiçado seu dinheiro, seu imposto. Não quer perder dinheiro, nem pagar sem ter o serviço adequado para o que pagaram. E basta perguntar porque o capitalismo deu certo no mundo e não comunismo? Por que no setor privado quem manda é o consumidor, já no setor público que manda é o político, a politicagem. Vide Hugo Chaves e Lula.
E eu acho muito interessante (me divirto muito) quando ouço alguém dizer (primeiro como se tivesse descobrindo a pólvora): “vivemos hoje em mundo consumista”. Provavelmente ele ou ela gostaria de viver em outra época, é a primeira constatação que me vêem a mente. Mas o interessante é que muitos dos que dizem isso, adorariam ver as pessoas “consumindo”, desbragadamente por exemplo, os autores que eles gostam. Humm.
Mas basta um exemplo recente aqui no Brasil para ilustrar o que venho escrevendo: é o caso dos Correios, uma empresa pública, que poderíamos muito bem colocá-la como de financiamento privado (cada um paga a sua carta), mas que é de fornecimento público, e no entanto entrou e apareceu no maior antro de corrupção do Brasil contemporâneo gerado pelo PT de Lula. Na verdade trata-se de mais uma estatal explorada politicamente sem respeito ao contribuinte que paga a todos. Mas enquanto o mundo europeu rico privatiza, e os States idem, aqui na América Latina... e aqui no Estado. A nossa mentalidade é a mesma de Hugo Chaves. Sem tirar nem por. E ainda falam dos militares. Mas pelo visto essa mentalidade que eles defendem deve ser a correta, afinal a AL é um mar de prosperidade, e os EUA e a Europa estão errados. Como sempre.
laurencebleite@zipmail.com.br


Editado por Giulio Sanmartini   às   1/11/2007 02:29:00 PM      |