Por Kennedy Alencar na Folha de São Paulo
No domingo 26 de novembro, reportagem da versão impressa da Folha assinada por este jornalista revelava que a Polícia Federal e o Ministério Público federal "firmaram a convicção de que a decisão de compra do dossiê contra tucanos partiu de Ricardo Berzoini, então presidente do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva". E dava-lhe bastidores com novos personagens e revelações inéditas. O texto não dizia que o relatório parcial do delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito do dossiegate, acusaria Berzoini. Logo no início da reportagem, houve o cuidado de registrar que informações ali reveladas poderiam não estar no relatório parcial. Talvez não venham a público tão cedo, dada a operação montada pelo PT e os "aloprados" para proteger Berzoini. O jornal cumpriu o seu papel. Deu amplo espaço aos personagens para que apresentassem as suas versões. Mostrou os bastidores da investigação. Fez jornalismo, apesar de o PT não gostar disso quando as suas mazelas são escarafunchadas. A movimentação da PF e do Ministério Público na semana que passou só reforçou os dados trazidos a público pelo jornal. Por último, não é verdadeira a versão que Berzoini e seu advogado divulgaram a respeito de um telefonema entre o delegado Curado e este jornalista.
Editado por Giulio Sanmartini às 12/05/2006 12:47:00 AM |
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