Foi com medo de aviãooooooooooo...
45 dias após acidente da Gol, aeronaves quase colidiram
Na última segunda, 45 dias depois do acidente do vôo 1907 da Gol que deixou 154 pessoas mortas, outros dois aviões também quase se chocaram no ar, segundo relatos de controladores de tráfego aéreo de Brasília. O incidente teria ocorrido no começo da tarde, quando um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e um avião comercial se cruzaram a menos de 2 milhas náuticas (3,7 km) de distância. Em nota, a Aeronáutica disse que "não há nenhum registro de qualquer tipo de incidente envolvendo aeronaves civis ou militares e o sistema de controle de tráfego aéreo". Mas detalhes da ocorrência foram relatados à Folha durante a semana por três controladores, que pediram para não ser identificados por medo de retaliação. Um "raspão" a essa distância é considerado grave, mas não é crítico -os aviões não precisaram manobrar para evitar uma colisão. No controle aéreo, o normal é manter uma distância de dez milhas náuticas (18,5 km) entre aviões -o mínimo aceitável são cinco milhas náuticas (9,25 km) na mesma altitude ou mil pés (300m) de distância em altitude.
É função do controlador assegurar isso, vigiando a velocidade, altitude e rota dos aviões em seu setor e contatando os pilotos quando necessário. Mas, duas semanas depois do acidente da Gol, a Aeronáutica determinou que vôos militares fossem monitorados em outra sala, pela Defesa Aérea. Com isso, esses vôos estariam imunes à "operação-padrão", o controle de fluxo aéreo que começou nessa época. O avião com plano Vocom (Vôo de Circulação Operacional Militar) aparece no console do controlador, mas não é de responsabilidade de seu setor. O incidente de segunda, segundo relato de um controlador, ocorreu por volta das 15h. Um avião comercial com direção ao Sudeste do país estava em procedimento de subida saindo de Brasília. No sentido contrário, em nível baixo mas estável, vinha um avião da FAB. Por alguns instantes, o controlador no console da área São Paulo do Cindacta-1 empalideceu e ficou sem ação: os pontos que representam os dois aviões se sobrepuseram na tela do radar. Eles passaram a 2 milhas náuticas (3,7 km) um do outro. Considerando a velocidade e direção contrária dos aviões, é possível que os pilotos não tenham visto o que aconteceu. Porém, a aproximação dos pontos na tela de radar pôde ser percebida. Mas a confusão na sala de controle teria tirado a concentração do controlador que acompanhava o setor. Segundo o procedimento, qualquer violação de segurança que não resulte em acidente é considerado um "incidente aéreo" e deve ser registrado para investigação interna. Comentário: Há, na I$to é da semana, um outro relato de quase-choque entre dois aviões da GOL, de números parecidos. A ordem de um foi passada a outro. O incidente causou discussão entre o piloto e os controladores. Estamos bem servidos!
Editado por Anônimo às 11/19/2006 09:21:00 AM |
|