Eis os efeitos da política comercial de Lula
Do Estadão
A Azaléia S/A, uma das maiores indústrias do setor calçadista da América Latina, anunciou a demissão de 234 dos 280 funcionários da sua unidade no município sergipano de Itaporanga D´Ajuda, a 29 quilômetros de Aracaju, e férias coletivas para outras 1.600 pessoas que trabalham nas fábricas de Frei Paulo, Carira, Lagarto e Ribeiropólis. Os motivos da demissão seriam a existência de uma super produção encalhada, prejuízos nas exportações em função do baixo valor do dólar e a concorrência com as indústrias chinesas que produzem nove bilhões de sapatos por ano. (...) O presidente do Sindtêxtil comenta que a grande preocupação dos funcionários agora é o destino das unidades da empresa em Frei Paulo, Carira, Lagarto e Ribeirópolis. "O nosso maior receio é que as demissões atinjam também essas unidades", informa. As férias coletivas nessas unidades começarão no dia 21 de dezembro e o retorno ao trabalho será em 8 de janeiro.
A Azaléia foi chegou a Sergipe em 1986, em Aracaju, mas em 1989 foi transferida para Itaporanga, na época com 450 funcionários. Chegou a ter 800, mas hoje tem somente 280. No ano passado, foram implantadas mais quatro unidades - no povoado Brasília, em Lagarto; Ribeiropólis, Carira e Frei Paulo. Atualmente a Azaléia emprega 2.340 pessoas, produz 40 mil pares de calçados femininos por dia nestas unidades. A meta da empresa é produzir 50 mil até o final deste ano.
Cerca de um quarto do que é produzido pela Azaléia Calçados, que tem sede no Rio Grande do Sul, sai de Sergipe e parte desta produção é exportada para 88 países. Com a crise cambial, o índice de exportação do grupo, presidido por Antônio Brito, caiu de 25% em 2004 para 10% este ano
Editado por Anônimo às 11/29/2006 06:14:00 PM |
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