Na Tribuna da Imprensa BRASÍLIA - Os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ) divulgaram uma nota ontem afirmando que a liberdade de imprensa e expressão no Brasil está ameaçada por uma série de pequenos fatos. Entre eles, o denunciado pela revista "Veja" de que três dos jornalistas da publicação teriam sido constrangidos, intimidados e coagidos na Polícia Federal (PF) em São Paulo, durante depoimento. "Entendemos que os órgãos de imprensa são livres para expressar suas posições e lembramos que essa defesa nós a fizemos também no período da ditadura militar, quando as forças que ameaçavam a liberdade de expressão se situavam à direita no espectro brasileiro", diz o texto.
Em nome dos partidos, Jungmann e Gabeira pediram ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que determine o acompanhamento parlamentar do caso por envolver liberdades constitucionais básicas. O PPS apresentará também um requerimento na Comissão de Direitos Humanos da Câmara para que seja feita uma audiência pública com representantes de entidades representativas de setores da imprensa para debaterem o assunto. Em discurso no plenário, o deputado do PV do Rio disse que, como jornalista, lutou contra a ditadura e presenciou vários "golpes" em redações de jornais. "Sempre tivemos uma preocupação muito grande com a liberdade de expressão, que deve existir não só contra a vontade de governos de direita, mas também contra a vontade de governos de esquerda", afirmou Gabeira. Ele disse também que, por reiteradas vezes, tem defendido o direito de jornalistas cubanos de exercerem a liberdade de imprensa e de expressão naquele país. "O Brasil não é Cuba, é um país democrático", declarou. Gabeira concluiu: "A luz amarela está acesa."
Editado por Giulio Sanmartini às 11/02/2006 01:55:00 AM |
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