Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
LAVOURAS QUEIMADAS
Por Henrique de Oliveira Guerra - Agrônomo.

Muitos têm sido os crimes praticados pelo MST em dois anos e meio de ataques à Fazenda Coqueiros, no planalto gaúcho. Entre eles, o saque de colheitas, o abate de gado a tiros (muitas vezes, sem aproveitar a carne, só pelo prazer de matar), a derrubada de árvores, a caça de animais em extinção, e – na invasão de fevereiro de 2006 – a ameaça com armas de fogo e cárcere privado, colocando em risco vidas humanas.
Uma das práticas adotadas pelo MST, dentro do prisma “os fins justificam os meios”, é o incêndio criminoso. Desde 2004, na Fazenda Coqueiros, o MST queimou casas, galpões, uma área industrial e – em total desrespeito à atividade agrícola – lavouras de soja e de milho. Em abril deste ano, o MST queimou 120 ha. de soja em ponto de colheita. Domingo, 22 de outubro, o MST incendiou uma lavoura de milho, com o mesmo modus operandi: caminham nas entrelinhas de uma lavoura próxima, com tochas, ateando fogo à palha em vários pontos, e depois retornam ao acampamento. Para culminar os atos de selvageria, no dia 27, um grupo do MST cercou os trabalhadores da fazenda e ateou fogo a dois caminhões, carregados de semente de soja e adubo. Como chamar de “agricultores” pessoas que cometem esses atos? E até quando os autores desses crimes vão continuar protegidos pelo manto de pertencerem a um “movimento social”? Tudo com a condescendência do governo federal, que, ao financiar o MST, incentiva a baderna e desestimula o agronegócio.
Ao MST não basta terra: tem que ser a que escolhem. A Fazenda Coqueiros tem 40% da área coberta de mata nativa ou florestamento. Sua floresta é um verdadeiro oásis, com inúmeras nascentes e grande biodiversidade. Seu ecossistema, protegido pelo Sistema Plantio Direto, constitui um refúgio à fauna do planalto. Seus produtos (soja, milho e novilhos tipo exportação) abastecem frigoríficos e cooperativas de região, garantindo inúmeros empregos. Pedimos providências para que os ataques terminem, a fim de que possamos, com a tranqüilidade e a segurança necessárias, continuar a produzir grãos e carne e a preservar a mata.


Editado por Adriana   às   11/01/2006 09:29:00 PM      |