A revista Istoé, saiu com um dia de antecedência, e sua capa pôde ser usada no horário eleitoral gratuito pelo também candidato ao governo Orestes Quércia (de triste memória) para acusar seu concorrente.
Mas a farsa foi tão grosseira e primaria, que no dia seguinte logo se soube da prisão (por parte de Polícia Federal) de Vendoin acusado de montar um esquema de chantagem eleitoral contra Serra.
Mesmo tendo o ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) afirmado categoricamente que existiam os documentos incriminando José Serra, nada apareceu e assim , começaram a rolar cabeças de “companheiros” com quem o presidente tem relações de intimidade: Ricardo Berzoini, Freud Godoy, Gedimar Passos e Jorge Lorenzetti.
Mas uma coisa me intrigava, os dias iam passando e nenhum jornal ou jornalista faziam uma analogia ao dossiê Cayman. Eu a fiz num artigo do dia 18 em A&P.
Hoje finalmente, o Estadão fala sobre o pastor Caio Fabio e o tal dossiê falso que incriminaria em ano eleitoral Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas, José Serra e Sergio Mota. Caio deu algumas declarações ao Estadão acusando o PT de tê-lo pressionado a levar o dossiê avante.
Continuo não entendendo por que a grande imprensa demorou tanto a fazer essa analogia?