Desta vez ousaram demais e vão pagar caro pelo ato criminoso. O agente do crime tem nome, sobrenome e função: Freud Godoy, assessor especial do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E mais: é seu amigo intimo, companheiro de farras e “churrasqueiro” preferido .Como diz sabiamente o jornalista Clovis Rossi: “Fora Gregório Fortunato, o “Anjo Negro” que arruinou o governo de Getúlio Vargas, há mais de 50 anos, não creio que se tenha visto algum suspeito de irregularidade que estivesse mais próximo fisicamente do presidente da República”. Pela proximidade entre o subalterno e o chefe da Nação, fato escancarado na imprensa e nas imagens exibidas pode se prever onde foi planejada e executada a trama para armar um dossiê falso contra o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, usando a importância de R$ 1,7 milhão apreendida pela Policia Federal.
O criminoso confesso Freud Godoy em todos os momentos demonstra a largura de sua intimidade com o presidente ao ponto de ligar para ele quando a farsa foi descoberta e dizer : “pode colocar a cabeça no travesseiro e dormir muito tranqüilo, pois eu tenho como provar, eu tenho como afirmar”. Como Dirceu, Waldomiro Diniz, Delúbio, Silvinho e outros marginais é freqüentador da intimidade do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto (Palácios de moradia e vadiagem do presidente).
Desde muito as entranhas do Palácio do Planalto estão sendo carcomidas por agentes da marginalidade oficial com os mais abomináveis atos criminosos. Tudo acontecendo nas cercanias do gabinete do presidente, de sua intimidade, e ele nada sabe nada vê? O Brasil inteiro desconfia de que o presidente não está dizendo a verdade quando diz que nada viu, nada sabe.Praticamente todos os acusados de corrupção e uma vasta relação de crimes tinham ou ainda têm uma relação muito próxima com o chefe. E ainda ao afastar alguns desses acusados, ao mesmo tempo em que afagava suas cabeças podres ou avalizava suas condutas publicamente, Lula incentivou um ambiente muito propício para que prosperassem e eclodissem atos marginais praticados por pessoas com assento no próprio andar em que trabalha o presidente da República e a sua mais efetiva intimidade.
Quando vi estes dias na imprensa, após as graves denúncias da fraude, Lula e o PT gritando que “tudo isto é baixaria, é mentira, é armação”, de pronto percebi que em seus olhos não existia indignação alguma, mas a cínica vontade de enganar mais uma vez e passar para milhões de idiotas a impressão de que nada tinham a ver com a história, que eram inocentes. Pura farsa. Igualmente como fizeram em outros escândalos: mensaleiros, vampiros sanguessugas, valerioduto, operação tapa buracos, bingueiros, Duda Mendonça, cuecas recheadas de dólares, negócios sujos entre Lulinha e a Telemar, propinas nos correios, corrupção nas compras e contratações do governo. E as cartilhas eleitorais que custaram R$ 11 milhões de reais, pagas com o dinheiro público, superfaturadas e parte não entregue, segundo condenação por unanimidade do Tribunal de Contas da União., que era o escândalo da vez quando foi absorvido pelo mais recente que é a farsa de R$ 1,7 milhão e que certamente em breve terá outro em seu lugar.
Marcio Thomaz Bastos o jurista que se apequenou neste governo ainda vem cinicamente afirmar que “querem gerar uma imagem para prejudicar a campanha de Lula que está com 50% dos votos”. Com isto afronta a eficiência da Policia Federal e causa indignação à sociedade que já não o vê com bons olhos desde a sua não explicada participação na defesa do execrado Palocci no caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo.
Repito aqui o que li esta semana sobre o dantesco episódio: O cinismo da impunidade ganha requintes nas mãos de marqueteiros inescrupulosos. Mas como todo golpe, há o momento em que a mentira se confronta diretamente com a verdade e, ai, a impostura se desfaz. Deram um passo em falso imaginando que o jogo tinha terminado, mas parece que temos por ai um segundo turno e ai a questão corrupção do governo poderá ser confrontada com a ética e a moralidade. O Partido dos Trabalhadores é acusado de roubo, extorsão, corrupção, evasão de divisas, falsidade ideológica, apropriação indébita, fraude, crime por encomenda e outros tantos. Luiz Inácio Lula da Silva é o chefe maior do partido, seu mentor e senhor de todas as coisas. Segundo a Senadora Heloisa Helena (Psol/Al), sua antiga companheira, nada se faz sem que ele seja ouvido, sem a sua aprovação.
A triste consciência é que somente a força do voto ético e moral poderá varrer a lama incrustada no governo petista. O Brasil não conseguirá suportar esse mar de irresponsabilidade criminosa que acoberta suas instituições políticas. E somos nós que pagaremos o alto preço e o merecemos, pois ninguém nos obrigará a votar em bandidos e “marginetas”. Somos nós que escolhemos. Resta-nos saber escolher.