Por Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa BRASÍLIA - Vale tudo, a poucas horas da eleição. Certos institutos de pesquisa vão acomodando seus números nas prévias realizadas nos estados, porque neles é que sempre se registram manipulações, mais do que na disputa presidencial, ainda que nessa também possa acontecer. De repente, candidatos pouco cotados começam a disparar. Pelo menos é a impressão que os institutos tentam passar ao público, porque, na realidade, os candidatos antes mostrados como sem chance estão onde sempre estiveram, ou seja, no páreo desde o início. Apenas, eram ignorados ou tinham seus índices de popularidade matreiramente reduzidos. Seus adversários não eram os principais financiadores das pesquisas?
Vamos evitar o constrangimento de fulanizações, mas basta passar os olhos no noticiário e nas análises que acompanham os percentuais: "Fulano surpreende e encosta no favorito"; "Beltrano cresceu assustadoramente"; "reviravolta na eleição, a candidata X vai para o segundo turno contra o candidato Y". E assim por diante. Programando clientes para as futuras eleições, na reta final muitos institutos ajustam percentuais, como se o povo fosse bobo. Um dos que manifestavam surpresa, ontem, era o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato. Com base nos 50% de votos apontados para Lula, comentou: "Devem ser eleitores envergonhados. Percorrendo o País inteiro e conversando com meio mundo, não sinto esse favoritismo..." Será?
Editado por Giulio Sanmartini às 9/28/2006 08:48:00 AM |
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