Apenas parte dos dólares pôde ser rastreada. A identificação foi possível porque US$ 110 mil eram em notas seriadas. Ontem, o Banco Sofisa informou que negociou os dólares com 3 pessoas físicas, 3 pessoas jurídicas e 14 instituições financeiras. A partir de informações do sistema financeiro, a PF resolveu focar as investigações nos clientes das sete corretoras.
Segundo a PF, um primeiro cruzamento não encontrou nenhum saque feito por pessoas físicas superior a US$ 20 mil - a partir desse valor, é obrigatória a notificação ao Banco Central. Surgiram as hipóteses de que uma empresa tenha sacado o dinheiro, escapando assim do filtro do BC, ou que os US$ 110 mil tenham sido sacados em vários lotes inferiores a US$ 20 mil, por uma ou mais pessoas.
Na nota, o Sofisa refaz o trajeto dos dólares. Diz que adquiriu US$ 15 milhões no Commerzbank de Frankfurt, no dia 15 de agosto. A operação foi registrada no dia seguinte no BC, que atestou a regularidade da entrada do dinheiro no País. Ele foi transportados de Frankfurt para o Brasil pela Brinks, chegando a São Paulo em 17 de agosto.
O banco registra ainda que a PF informou que "levantamento realizado junto ao BC constatou que a operação de compra de dólares pelo Banco Sofisa S.A. atendeu a todas as exigências legais, não havendo qualquer suspeita ou investigação do DPF em relação à referida instituição financeira."