Entrevistas
Arthur Virgílio
Gerson Camata
Júlio Campos
Roberto Romano - 1ª parte
Roberto Romano - 2ª parte
Eluise Dorileo Guedes
Eduardo Mahon
p&p recomenda
Textos recentes
Arquivo p&p
  
TEMPOS DE BRÁS

A Justiça garante sigilo para os envolvidos na Máfia dos Sanguessugas e isso significa estender a eles a impunidade, já consagrada para os mensalões. É como se fosse uma convocação: “Corruptos de todo o mundo, aproveitai que o Brás é tesoureiro!”
Identifique-se que o Brás aqui citado é personagem fictício de um provérbio antigo, consagrado no Brasil pelo grande jurista Dacaomeu Furtado: rouba quem pode, vai pra cadeia quem é pobre.
A advertência é necessária para prevenir indenizações por danos morais, pedidas pelos descendentes de um outro personagem fictício, o Brás Cubas, de Machado de Assis, cujo provérbio é diferente e até oposto: não transmitir a miséria humana que herdou porque deseja um país decente e justo para quem vier depois. Sentimento com toda a certeza não compartilhado por esta decisão da Justiça e dos corruptos que ela protege.
Se alguém duvidar que indenizações assim sejam concedidas, mire-se no exemplo de Minas Gerais, onde recebem pensões descendentes de Tiradentes que não deixou descendência.
Só nos falta, agora, conceder “algum” para compensar os filhos dos filhos dos filhos de Adão e Eva, por terem sido expulsos do paraíso.
Jayme Copstein, Rádio Gaúcha.


Editado por Adriana   às   7/04/2006 09:22:00 PM      |