Por Giulio SanmartiniNo artigo “Um senador bufônico” (leia clicando Texto Completo), P&P publicou matéria sobre as ofensas de Sarney ao ex governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (na foto com a mulher Alexandra). No jornal “O Imparcial”, Tavares rebate as acusações do senador e faz duas perguntas desconfortáveis. Caso José Sarney seja o “machão” que tentou parecer deverá respondê-las o mais rápido possível. Mas, tenho certeza que não o fará pois se trata de um pulhastro. O que diz Tavares: "Quem José Sarney pensa que é? Sou vítima da sandice e da ira do decadente Sarney. Do seu coronelismo arcaico, do seu ódio destruidor, dos seus delírios que hoje têm seus limites imperiais contidos pelos muros da mansão do Calhau e do enclave familiar acintoso da ilha de Curupu onde sua família ostenta em mansões a riqueza que o poder lhes deu e que empobreceu nosso estado e nossa gente” E as perguntas esperando por resposta. “Por que José Sarney não explica como, na calada da noite, retirou seus milhões do Banco Santos, enquanto os pequenos depositantes viam suas economias de vida inteira indisponíveis? Ou por que sua filha, Roseana, portava um despudorado cartão de crédito internacional, sem limites, com as despesas pagas pelo senhor Edemar Cid Ferreira, que presidia aquela instituição?"
UM SENADOR “BUFÔNICO” Por Giulio Sanmartini
Alguns colunistas compararam o senador José Ribamar, vulgo Sarney, a Carlos Lacerda, pelas diatribes que o primeiro lançou conta o ex governador do Maranhão José Reinaldo. Pode até fazer-se uma comparação entre o destempero verbal de Lacerda e o usado agora pelo senador, mas entre os dois existe uma diferença como a da água para o vinho, ou da noite para o dia. Carlos Lacerda tinha algumas características desconhecida por Sarney: inteligência, cultura e sobre tudo, coragem pessoal. Ele não batia em “cachorro morto”, gostava de enfrentar de peito aberto e em arena pública os poderosos, que vão de Getúlio Vargas até os generais ditadores. Sarney por sua vez é a personificação da pusilanimidade, sempre usou a subserviência para manter-se no poder, por mais de duas décadas lambeu as botas dos generais presidentes. Quando viu o regime, que como um relés lacaio ele ajudara desde o início, começou a fazer água abandou o barco tal qual fazem os asquerosos ratos de porão. Eleito (indiretamente) vice presidente, incidentalmente sentou na cadeira presidencial. Submisso ao todo poderoso deputado Ulisses Guimarães, aceitou que seu mandato fosse cortado, esquecendo que o sistema o elegera como segundo de Tancredo Neves por seis anos. Vendeu o plano cruzado por medo de enfrentar os políticos de seu novo partido e saiu covardemente pela porta dos fundos do Palácio do Planalto, posto para fora por Fernando Collor e sua jagunçada. Não se entende, que mesmo dizendo-se o homem forte do Maranhão, seja senador pelo eleitoralmente pequeno e inexpressivo estado do Amapá, tendo dificuldade em reeleger-se nesse último pleito. Por fim passou a ser o aliado para todos os momentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que algum tempo antes o chamara com todos os efes e erres de ladrão. Que raça de homem é esse? É esse que ao atacar seu antigo aliado escreve no jornal que lhe pertence: “Em 1967 levei-o para o DER, em 1970, o fiz secretário de Planejamento. Briguei com o professor Pedro Neiva porque queria fazê-lo governador em 1974. Obtive sua nomeação como diretor do DNOS, então uma das maiores autarquias do Brasil. Com Geisel, o fiz presidente da Novacap e secretário de Obras do Distrito Federal. Presidente da República, nomeei-o superintendente da Sudene e depois ministro dos Transportes, onde me fez pagar durante anos a concorrência da Norte-Sul. Isso porque muitos, inclusive o general Ivan de Sousa Mendes, do SNI, quiseram que eu o demitisse. Não aceitei o conselho por carinho, lealdade e afeto e para não vê-lo liquidado com a pecha de corrupto. Em 1990, o elegi deputado federal, em 1994, vice-governador. Repeti a dose em 1998, embora todos me advertissem de que ele não era mais o mesmo, depois de um casamento que todos sabem o bufônico fim que tomou. Lutei para fazê-lo candidato a governador, cargo que ocupou duas vezes”. “Foram estes 40 anos de sinecuras por ele usufruídas pelas minhas mãos generosas, que ele resolveu amaldiçoar”. Quer dizer que as mãos generosas de José Sarney ajudaram por quarenta anos, um que ele chama entre outras coisas de ladrão, mas com um pequeno detalhe; a generosidade não saiu de seu bolso, mas daquele do sofrido contribuinte. Ainda se confessa doador de sinecuras, isto é cargos ou empregos que não obrigam a nenhuma função que necessita de pouco trabalho, usando sem lisura os cofres públicos. É uma das mais cristalinas confissões de peculato que jamais ouvi. Falta-lhe inteligência para atacar um inimigo fraco. Até no português, ele que se jacta de ser escritor e imortal (imorrível?), comete o escorregão da palavra “bufônico” que não se sabe onde foi encontrá-la e muito menos o significado, já que é inexistente no vernáculo. Não dá para comparar Lacerda a Sarney, entre os dois há uma barreira instransponível. Editado por Giulio às 1/03/2007 09:44:00 AM
Editado por Giulio Sanmartini às 1/14/2007 03:46:00 AM |
|