Por Plínio Zabeu
Já que pouco do que fora prometido foi feito no primeiro mandato, eis que o presidente resolve finalmente por “mãos à obra”. Na esteira de antecessores lançou o seu programa ou pacote, o PAC. Bem que levaram algum tempo para imaginar algo que repercutisse. Todos nós brasileiros contribuintes esperamos que tal pacote dê certo e que finalmente possamos assistir o prometido e sempre oculto “espetáculo do crescimento”. A experiência nos mostra alguns pacotes que deram certo. Mas a maioria não colou. Alguns de triste memória como o Cruzado, Bresser e Collor (I e II), todos com resultados desastrosos. Vieram outros a seguir, sobressaindo-se o Plano Real (este sim de grande sucesso e responsável pela boa situação econômica do Brasil de hoje). Mas houve também o da Reeleição (um desastre como todos sabem). Também o programa de privatizações, sem dúvida de grande utilidade e grandes resultados. Imaginemos hoje aquelas estatais e estradas nas mãos dos políticos atuais.
Que seja bem vindo o PAC. Só que, como era de se esperar, parece haver mais “festa” que “comida”. Para começar, dos 500 bilhões que serão investidos não há nenhum centavo do chamado “dinheiro novo”. Quarenta por cento virão da Petrobras que de há muito vem anunciando tal investimento no campo de geração de mais energia. Uma parte virá do tesouro nacional, que estará emagrecido por conta da chamada renúncia fiscal (cerca de 9 bilhões por ano) sem diminuição de gastos do governo (como entender?). Sindicalistas já reclamam do uso dos valores do FGTS sem previsão de resultados, embora o governo garanta (De que modo não explica). Sem falar que, para o lançamento do PAC, foram editadas muitas medidas provisórias que terão que ser aprovadas por um congresso que oficializou a corrupção ( os mensaleiros continuarão já que foram absolvidos e reeleitos) o que certamente criará mais problemas. Tal programa poderia ser mais bem lançado depois de uma profunda reforma política e tributária. Com o voto distrital e com tributos justos o governo teria os recursos assegurados para levar adiante seus propósitos. Comissões. Foi nomeada a de número 97 (noventa e sete) para definir sobre concessões de rodovias, principalmente a Fernão Dias e a Regis Bittencourt. A primeira é de janeiro de 2003 feita para denegrir as concessões do governo anterior. Nada resolvido até agora. Por falar nisso, no que deu a operação (ou pacote) “tapa-buracos” (500 milhões sumidos)? pzabeu@uol.com.br
Editado por Giulio Sanmartini às 1/24/2007 09:21:00 AM |

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