Por Giulio Sanmartini

Finalmente saiu o tão esperado e milagroso Programa de Aceleração da Economia (PAC), quem mais ou menos conhece esse governo, não se surpreendeu em ver mais um anticlímax, nos anúncios retumbantes de programas feitos a enxó.
Ao lê-lo, como um simples mortal que não domine o hermético economês, entendi que foi o PAC nada mais é que uma forma de falar muito sem dizer nada.
Mas de repente meu veio a lembrança da desastrada ex ministra da Fazenda do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello, assemelha-se em muito com a atual ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
Claro que existem algumas diferenças: Zélia já começou todo poderosa, enquanto Dilma foi conquistando seu espaço com unhas e dentes, atropelando sem exitar quem ousasse ficar-lhe na frente.
Zélia teve um rumoroso (nitroglicerina pura) caso com o casado ministro da Justiça, Bernardo Cabral. Ninguém pode imaginar um idêntico Besame mucho de Dilma com Marcio Thomas Bastos.
Tendo perdido seus poderes, Zélia foi queixar-se na Escolinha do professor Raimundo, acabou juntando-se a Chico Anísio e até fizeram um filho (pelo método tradicional) esse também de existência impensável com Dilma, especialmente a segunda parte.

Zélia foi acusa e processada por corrupção e não existe absolutamente nada que venha desabonar a conduta como servidora pública da ministra Chefe do Gabinete Civil. Zélia foi recentemente absolvida, mas isso não quer dizer nada num país onde réus confessos ou comprovados saem incólumes: João Paulo Cunha, Professor Luizinho, Antônio Palocci, Duda Mendonça, Paulo Rocha, Severino Cavalcanti etc.
A semelhança impressionante entre ambas é a forma de tentar explicar o inexplicável, Zélia ao ser chamada a explicar fatos do seqüestro do dinheiro de todos os brasileiros (investimentos, poupança e contas bancárias), quando não tinha explicações dizia com um ar de fastio como se fosse uma sábia falando com relés ignorantes: “Ora, isso são detalhes!”.
Dilma, não conseguiu esclarecer quanto do investimento (R$ 503,9 bilhões) virá da iniciativa privada e estatais, já que o orçamento da União destinará apenas R$ 67,8 bilhões para essa finalidade.
Estava pensando nesse assunto quando em aparece um excelente artigo de Guilherme Fiúza. Não deixem de ler.
(primeira foto Dilma Roussef e Lula, na outra Zélia Cardoso e Collor)
Leia a matéria em no mínimo