Por Giulio SanmartiEssa terça feira passada, dia 16 de Janeiro, morria em New York o maestro italiano Arturo Toscanini, considerado sem favor algum, o melhor de todos os tempos. A mídia italiana tratou o assunto com competência e carinho, conseguindo ainda encontrar cantores que trabalharam como ele, todos com mais de 90 anos, ainda dão depoimentos emocionantes. Toscanini teve sua estréia como maestro quanto tinha 19 anos. E por uma feliz coincidência esta aconteceu no Brasil (Rio de Janeiro) Ele era um simples violoncelista, que já demonstrava as duas paixões que marcaram sua vida: o música e as mulheres. No Rio de Janeiro de 1886 o melhor teatro era o Lírico (foto) e deveria ser encenada a ópera Aída. O teatro estava ocupado por Sarh Bernnhardt e a companhia lírica que deveria fazer a estação, fora exibir-se em São Paulo, todavia houve um incidente com o regente brasileiro Leopoldo Miguez e o violino spalla italiano Supperti. Quando da apresentação no Rio de Janeiro, Miguez recusou-se continuar regendo a orquestra, e foi substituído pelo tal spalla, mas o público num excesso de “patriotismo” indígena, sentiu-se melindrado em seus brios nacionais. Quando na noite de estréia o maestro “estrangeiro” apresentou-se, foi recebido pelo público com uma estrepitosa vaia que o impedia de seguir o espetáculo. Nesse ponto alguém lembrou de Toscanini, que sabia de cor quase todas as partituras das óperas famosas. Onde estaria o jovem violoncelista? Foram encontrá-lo em seu quarto no hotel do Estrangeiros, com uma meio soprano, uns 10 anos mais velha que ele. Arturo foi literalmente pego de calças na mão. Largou para lá sua segunda paixão e foi a tender a primeira, obtendo um fabulosos sucesso que o acompanhou pelo resto da vida e ainda dura até hoje. A título de curiosidade há um caso dele com uma de suas muitas amantes, esta atendia por Ada Mainardi (seria parente do Diogo?). A orquestra estava ensaiando quando chegou a Mainardi e chamou Toscanini, pelo primeiro nome, este interrompeu o trabalho e respondeu: - Sou Arturo só quando estamos na cama, aqui a senhora sou maestro. Me fiz claro?
Editado por Giulio Sanmartini às 1/17/2007 02:21:00 PM |
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