Lula diz que não vai discriminar ninguém e acolhe o deputado Paulo Salin Maluf (PP-SP), com sorrisos e afagos. Maluf, dois dias antes havia sido denunciado pelo Ministério Publico por lavagem de dinheiro e foi preso o ano passado. Na cara de pau que é sua característica marcante diz: “Vocês precisavam ver a alegria de Luiz Dulci, do Gilberto Carvalho, de Tarso Genro e do presidente Os mais conscientes do planalto tentaram impedir de todas as formas que os dois fossem fotografados juntos. O que falta mais que tudo ao presidente é um mínimo de pudor, esperamos que ele para demonstrar que não se vale de discriminação, não vá receber no Palácio, Fernandinho Beira Mar. Está faltando pouco.
Lula recebe Maluf e troca gentilezas Lula avisa que não vai discriminar ninguém; ex-prefeito relata que foi acolhido 'com sorrisos' no Planalto Leonencio Nossa O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, durante encontro com o ex-prefeito e deputado eleito Paulo Maluf e a bancada do PP, que um governo de coalizão não pode discriminar 'ninguém'. Maluf, que dois dias antes foi denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e chegou a ficar preso na Polícia Federal no ano passado, relatou que foi recebido com 'sorrisos' no Palácio do Planalto e disse se sentir mais 'próximo' de Lula. Ao deixar o palácio com uma bengala, o ex-prefeito contou que não sentiu constrangimento por parte do presidente e de seus assessores. 'Vocês precisavam ver a alegria de Luiz Dulci, do Gilberto Carvalho, do Tarso Genro e do presidente', relatou o ex-prefeito. 'Isso indica que eles querem acertar, não têm nada de pessoal, querem ver o Brasil crescer.' PÉS QUEBRADOS Depois da reunião, Maluf contou parte da conversa que teria tido com Lula: 'Presidente, o senhor há poucos dias quebrou o pé direito. Eu quebrei o esquerdo. Agora, que temos mais de 60 anos, estamos nos aproximando.' O palácio fez o que pôde para evitar imagens de Lula ao lado de Maluf. Os fotógrafos e cinegrafistas só puderam registrar menos de um minuto da reunião, quando geralmente dispõem de três minutos para trabalhar nesse tipo de encontro. O Planalto chegou a pedir a líderes do PP que não levassem o 'dr. Paulo' para o encontro. Maluf disse estar disposto a ser um 'colaborador anônimo' de Lula e não teria falado em cargos. Pessoas ligadas aos dois, no entanto, dizem que o ex-prefeito pediu que o presidente mantivesse Márcio Fortes no cargo de ministro das Cidades. GALERIA O ex-prefeito se colocou na galeria dos políticos injustiçados, uma lista que contaria com os nomes do próprio Lula e de ex-presidentes da República. Maluf, até então adversário histórico do PT, foi questionado como era ser recebido no palácio depois de passar um tempo na cadeia. 'O Supremo Tribunal Federal disse que a prisão foi ilegal', respondeu. 'O que fizeram comigo foi uma violência, assim como fizeram com o próprio Lula, que foi preso na época do regime militar, o Juscelino Kubitschek, o Getúlio Vargas, o Washington Luiz, o Jânio Quadros e o Ademar de Barros.' Diante da reação dos repórteres à menção do nome de Ademar - governador de São Paulo acusado de irregularidades e desfalques nos cofres públicos -, Maluf fez uma veemente defesa dele. Depois, defendeu as próprias gestões na Prefeitura de São Paulo e no governo do Estado, inclusive a atuação da Rota, força policial acusada de matar inocentes durante sua administração. 'Meus túneis não inundaram, minhas avenidas não afundaram', disse. Sobre as supostas contas em seu nome no exterior, Maluf afirmou: 'Se encontrar é sua.' Ele disse que pretende morar por enquanto num hotel de Brasília. Depois, pode se mudar para um apartamento funcional.
Editado por Giulio Sanmartini às 12/22/2006 01:20:00 AM |
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