Por Laurence Bittencourt, jornalista
Com a vitória de Hugo Chaves a América Latina prova mais uma vez a frase de Roberto Campos, de que estamos condenados ao subdesenvolvimento. Campos falava do Brasil, mas a frase cai como uma luva a AL. Estamos afundando, parados no tempo, mas com um sorriso nos lábios. Não importa se os investimentos estrangeiros baixaram no país, no Brasil, se somos o país que menos cresce entre os “em desenvolvimento”. Não. Nada disso importa. O que importa é que importa é que elegemos populistas que nos levará à terra prometida, ainda que a viagem seja palmilhada de ilusão, censura e atraso.
Também não importa se o nosso determinismo e vocação parecem permanentemente ir de encontro ao progresso, ir a busca de um passado e não de um futuro. Ora, se o caudilhismo levasse a algum lugar nobre e positivo, nós já estaríamos lá, e não, ao contrário, onde estamos, na estagnação em que estamos. Mas nada disso importa. A idéia de um salvador da pátria nos acompanha inextricavelmente. Preferimos que façam por nós. Preferimos não fazer esforços pessoais, independentes de governos. É com essa mentalidade que jogam os nossos políticos. A idéia de que a vida é nossa, e o destino nós fazemos, nunca entrou na AL. Somos e fomos colonizados pela Igreja católica da Contra-Reforma. Com essa nossa mentalidade, o presente nunca é nosso, muito menos o futuro. Estamos afundando com um sorriso nos lábios. Até quando? Até quando?
Editado por Adriana às 12/04/2006 11:11:00 AM |
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